“Quando Deus põe um sonho em teu coração, você o segura, acalenta em suas mãos, mesmo sendo invisível, algo impossível, foi Deus quem te fez sonhar”.
Foi isso que aconteceu com Neemias. Neemias era judeu e viveu durante o período em que Judá era uma província do Império Persa. Ele havia sido designado copeiro do rei Artaxerxes. Através de seu irmão Hanani, Neemias ouviu sobre a condição lamentável em que se encontrava Jerusalém e encheu-se de tristeza – Ne 1.4-10
Ao receber essas notícias da destruição de Jerusalém, dos moradores que ali ficaram e não foram levados para a Babilônia, mas se encontravam em grande miséria e desprezo, os muros de Jerusalém destruídos e suas portas queimadas, diante de todas essas notícias, Deus põe um sonho no coração de Neemias.
Ao perceber a tristeza estampada na fisionomia de seu copeiro, o rei Artaxerxes lhe perguntou o motivo e Neemias explicou e colocou o sonho que Deus lhe havia colocado em seu coração – 2.5: “... Se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifiques”.
Um sonho de Deus colocado no coração de seu servo. Um projeto de Deus sendo recebido pelo coração sonhador de Neemias: se ausentar do palácio real onde era apenas um copeiro, para reedificar a cidade de Jerusalém que havia sido destruída anos atrás pelo rei da Babilônia.
Era um sonho de Deus, e “quando Deus põe um sonho no seu coração eu sei que Ele mesmo te ajudará, pois dEle é o querer e o realizar, foi Deus quem te fez sonhar”. Ao se reunir com os magistrados em Jerusalém, diz em 2.18: “Lhes declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra”.
Começaram, então, a reedificação dos muros de Jerusalém. Neemias conseguiu compartilhar e contaminar quase todos os moradores de Jerusalém com o sonho que Deus lhe havia colocado em seu coração.
Mas sempre existem aqueles que, alem de não acreditarem nos sonhos que Deus põe em nosso coração, ainda se deixam ser usados pelo diabo para tentar destruir um propósito de Deus em nossa vida.
Se levantaram contra Neemias alguns homens dispostos a conspirarem contra ele para intimidá-lo, para destruí-lo, e, consequentemente, destruir o sonho de Deus – Ne 6.1-3
A resposta que Neemias lhes dá demonstra o propósito que ele havia feito com Deus. Deus havia colocado em seu coração um sonho; Deus havia dado todas as condições para que esse sonho se tornasse realidade (a boa mão do Senhor estava com ele). Neemias havia feito deste sonho um propósito em sua vida, agora ele não podia desistir, ele não podia negligenciar, ele não podia cochilar neste propósito, não podia abrir mão de cumpri-lo, por isso ele responde aos seus inimigos: “... Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” – Vs 3
Quantas vezes recebemos sonhos de Deus em nosso coração, mas, por falta de compromisso, por falta de transformar esses sonhos em propósitos, deixamos de cumpri-los!
Neemias nos traz uma grande lição neste capítulo: “Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer”. Ele não abriu mão do sonho que Deus lhe havia colocado em seu coração; ele não abriu mão de cumprir o propósito de Deus para a sua vida, ele não cedeu às artimanhas dos inimigos, mas manteve firme o seu compromisso, o seu propósito diante de Deus.
O que podemos aprender aqui?
1) RESPONSABILIDADE NO PROPÓSITO – Vs 4 – Havia uma insistência por parte dos inimigos para que ele deixasse a obra e fosse ter com eles. Havia uma insistência para que ele deixasse o seu compromisso, mesmo que fosse por um instante apenas, e fosse conversar com seus inimigos. Por quatro vezes aqueles homens tentaram desviar Neemias de seu propósito, mas em todas as quatro vezes, receberam a mesma resposta: “Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer”.
Neemias estava engajado numa grande responsabilidade que Deus havia colocado em seu coração. Ele tinha recebido de Deus um sonho, ele tinha recebido de Deus um propósito para sua vida. Deus o havia engrandecido, pois de copeiro do rei, ele agora estava governando Jerusalém; já havia restaurado o muro, só faltavam as portas, e isso em tempo record. Ele não tinha tempo para gastar com aqueles que não têm os sonhos de Deus. Ele tinha uma responsabilidade no propósito que Deus lhe havia dado, ou no propósito que ele havia colocado em seu coração para cumprir diante de Deus. Ele não podia olhar para outras coisas, ele tinha responsabilidade com aquilo que Deus queria para a sua vida: “Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer”.
Responsabilidade com Deus e responsabilidade diante de Deus. Não basta apenas fazer ou ter um propósito, é preciso ter responsabilidade em cumpri-lo.
Onde está o seu coração? O coração de Neemias estava em cumprir o sonho de Deus. Nada iria atrasá-lo, ou mesmo, impedi-lo. O sonho de Deus havia se tornado o propósito da vida de Neemias. E o seu? E o sonho de Deus para você? Você o tem transformado num propósito para a sua vida e o tem visto com responsabilidade?
2) VISÃO DE DEUS NO PROPÓSITO – Vs 5-9 – “Agora pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos” – O que me impressiona aqui é a maneira como Neemias reagiu diante do falso testemunho que os inimigos inventaram. Inventaram que ele estava edificando os muros porque ele queria ser o rei dos judeus; que ele tinha até colocado profetas em Jerusalém para o proclamarem como rei. Mas a firmeza com a qual Neemias responde é que me surpreende: Numa tradução diferente ele diz assim: Vs 8,9: “Eu lhe mandei esta resposta: Nada disso que você diz está acontecendo; é pura invenção da sua cabeça. Estavam todos tentando nos intimidar, pensando: Eles serão enfraquecidos e não concluirão a obra. Eu, porém, orei: Agora, fortalece as minhas mãos!” (NVI). Neemias tinha plena convicção de que a obra que ele estava realizando era um sonho de Deus e que os sonhos de Deus ninguem pode destruir. Neemias tinha visão de Deus em seu propósito.
Ao orar Neemias demonstra que sua obra não era fruto de um projeto seu e nem simplesmente um desejo humano de se aparecer ou se tornar um herói para os judeus, muito menos de se tornar seu rei. Ao orar Neemias vai mostrar que seus sonhos eram para Deus, para glorificar o nome de Deus, para engrandecer o Deus de Israel e não a si mesmo.
Ele pede forças ao Senhor para continuar a cumprir o seu propósito porque ele sabia que Deus estava naquilo tudo; fora Deus quem o havia feito sonhar e era Deus quem o estava fortalecendo naqueles dias para que a obra fosse cumprida.
O propósito de Neemias era para glorificar o nome de Deus, nada para si mesmo ou para o seu próprio ego. Ele tinha a visão de Deus em seu propósito. Para quem você está fazendo o seu propósito? Para Deus ou para si mesmo? O sonho que você tem no coração foi colocado por Deus ou apenas para satisfazer um desejo seu?
Neemias nos ensina que devemos sonhar sim, e muito, mas sonhos que venham do próprio Deus para a nossa vida, sonhos que glorifiquem a Deus, que promovam a Sua glória.
3) TEMOR DE DEUS NO PROPÓSITO – Vs 10-13 – Neemias foi à casa de Semaías, um profeta. Certamente era alguém da confiança de Neemias, senão ele não teria ido e se trancado em casa com um desconhecido, sabendo que queriam matá-lo. Porém, Semaías havia sido comprado pelos inimigos de Neemias para traí-lo e atraí-lo até ao templo para que ali ele fosse morto. Porém, o temor que Neemias tinha do Senhor, mais uma vez o livrou das mãos de seus inimigos: “... Quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei. Então percebi que não era Deus quem o enviara; tal profeta falou ele contra mim, porque Tobias e Sambalate o subornaram” Vs 11. Resposta firme.
É interessante notarmos que, sendo um leigo, apenas um copeiro do rei que havia se colocado à disposição de Deus para cumprir os seus sonhos, não sendo sacerdote, não sendo levita, não podia entrar no templo: “... Quem há, como eu, que entre no templo para que viva?” ele poderia ter imaginado que, sendo cumpridor de uma tarefa tão importante dada por Deus como restauração dos muros de Jerusalém, agora que estava passando por dificuldades, ele podia entrar no templo. Mas não, ele tinha o temor de Deus em seu coração, ele sabia o seu lugar; e esse temor fez com que ele percebesse que se tratava de mais uma artimanha de seus inimigos para destruí-lo.
Salomão nos ensina em Provérbios 14.27 que “O temor do Senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte”. E foi o que aconteceu com Neemias, o temor que ele tinha de Deus evitou que ele entrasse no templo como o falso profeta havia dito e com isso ele foi livre da morte.
Ainda no Salmo 111.10 o salmista declara que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”.
Não há como sonhar os sonhos de Deus sem temor a Deus. Não há como fazer propósitos com Deus sem temor. Antes de mais nada, diante do medo, diante das acusações do inimigo, diante das tribulações que enfrentava, Neemias não abriu mão do temor a Deus.
CONCLUSÃO: Vs 15,16 – A construção do muro, o sonho de Deus que Neemias transformou em propósito para a sua vida, levou apenas, 52 dias para ser concluído. Em apenas 52 dias toda Jerusalém estava fechada, livre de seus inimigos, com as portas colocadas no lugar.
Neemias e todos os judeus se regozijaram porque valeu a pena sonhar e tornar como propósito o sonho de Deus. Mas os seus inimigos ficaram arrasados, com a auto-estima destruída, e somente então reconheceram que Deus estava envolvido naquela obra.
Foi uma realização divina. Essa é a única maneira de explicar o que aconteceu em tão pouco tempo e diante de tão ferrenha oposição.
Neemias era um homem sonhador, porém, sonhava em servir a Deus, servir aos propósitos de Deus, por isso deixou uma grande obra, as muralhas de Jerusalém, como seu monumento eterno.
E você? Que tipo de sonhador você tem sido? Quais têm sido os propósitos em sua vida? Que tipo de legado você vai deixar com os propósitos que você tem feito?
quinta-feira, 9 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
Que Rito é Este? Êxodo 12.23-28
Deus toma posse de Seu povo. Todo o capítulo 12 e parte do capítulo 13 de Êxodo traz a história da noite em que Deus desceu para livrar o povo de Israel da escravidão do Egito pelas mãos de Moisés e Arão, usando, para isso, as 10 pragas contra Faraó e o seu povo.
Aqui no capítulo 12 a Bíblia mostra o anúncio da décima praga, que era o seguinte: à meia noite o anjo da morte iria percorrer todas as terras do Egito matando todos os primogênitos.
Porem Deus realizaria grande livramento aos escravos israelitas, o Seu povo. Deus ordenou que, para que fossem salvos do anjo da morte, deveriam celebrar a Páscoa.
Para a celebração da Páscoa, Deus deu ordens específicas a Moisés para que cada família sacrificasse um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito, sem mancha e deveriam pegar o sangue desse cordeiro e passar em ambas as ombreiras e na verga da porta de cada casa dos Israelitas, desta forma quando o anjo do Senhor viesse ferir os primogênitos, não tocaria na vida de Seu povo.
A palavra "Páscoa" no hebraico significa pesah, passar por cima, passar de largo, poupar. E foi exatamente isso que aconteceu, o Anjo do Senhor feriu todos os primogênitos do Egito e quando via o sangue nas portas, passava por cima das casas dos hebreus.
Aconteceu que, à meia-noite, o anjo da morte enviado pelo Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, até ao primogênito do maior escravo, e todos os primogênitos dos animais. E, naquela madrugada houve grande desespero no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto; da casa de Faraó até à mais humilde casa, atingindo até os animais: não havia casa em que não houvesse morto. Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes ordenou que saíssem com o povo de Israel do Egito. Saiu, pois, o povo de Deus, liberto da escravidão, livre para servir ao Senhor e gozar de Sua presença, saíram em direção à Terra Prometida.
A partir daquele momento, o povo de Deus deveria celebrar a Páscoa como estatuto perpétuo, como um memorial. Assim quando os seus filhos perguntassem: Que Rito é Este? A Páscoa serviria de testemunha. Porque, na realidade a Páscoa era a celebração da vitória que o Senhor havia dado ao Seu povo.
Para nós, os cristãos, a Páscoa contém um rico simbolismo. O próprio Novo Testamento afirma que as festas judaicas eram sombra de coisas futuras, coisas que haveriam de vir (Cl 2.16,17;Hb 10.1). Portanto, a Páscoa apontava para o sacramento da Ceia do Senhor instituído pelo Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos e à Sua Igreja. E a Ceia do Senhor aponta para o sacrifício de Cristo, a morte do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, onde o Seu sangue, derramado sobre a cruz, é capaz de nos purificar de todo o pecado e nos livrar da morte eterna.
Que Rito é Este? Qual o significado da Páscoa e, consequentemente, a Ceia do Senhor?
1) É INSTRUMENTO DO SENHOR PARA LIVRAR DO DESTRUIDOR – Vs 23 – “...não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir” – Aquela 10ª praga traria muita dor e sofrimento para o povo. Enquanto as outras 9 pragas não tinham causado tanta dor, como: a água estava sendo transformada em sangue, enquanto eram apenas as rãs, piolhos, gafanhotos, mas as pessoas continuavam vivas, podemos dizer que ainda era suportável. Porem, agora, haveria morte. Morte traz consigo a dor, o desespero, o sofrimento, a destruição completa.
Mas o sangue do cordeiro passado na verga da porta e em ambas as ombreiras serviria de proteção para o povo de Deus. Que Rito é Este? É um rito que celebra o livramento da morte, é um rito que promove a liberdade.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor, também podemos fazer a mesma afirmação quando nos perguntam Que Rito é Este?: estamos aqui celebrando o livramento do Destruidor.
Sim, a Bíblia nos ensina que o sangue do Senhor Jesus Cristo nos purifica de todo pecado. Foi preciso que o sangue fosse derramado para que recebêssemos o perdão de nossos pedados. O autor da Carta aos Hebreus nos ensina que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. O sangue de Jesus foi derramado, o sangue de Jesus foi passado em nosso coração.
“Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” Hb 9.13,14
Que Rito é Este? É o instrumento de Deus para nos dar a libertação da escravidão do pecado.
2) É ALIANÇA PERPETUA DE DEUS – Vs 24 - Aliança significa pacto, acordo, ajuste, concerto. Naquele momento ali no Egito, quando o povo de Israel estivesse celebrando a sua 1º Páscoa, Deus estaria afirmando Sua aliança com o povo. Uma aliança que jamais poderia ser quebrada, pois essa aliança partiu do próprio Deus, de Sua fidelidade, de Sua Palavra imutável, e não da vontade humana.
Essa aliança consistia em celebração da Páscoa para sempre, por parte dos judeus, relembrando a libertação da escravidão do Egito, e a promessa da parte de Deus de continuar a derramar as Suas bênçãos sobre o Seu povo.
Assim como a páscoa se tornou como estatuto para sempre para o povo de Deus, ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus também a tornou como uma Nova Aliança que deveria ser observada e cumprida para sempre – 1º Coríntios 11.23-26
Paulo nos ensina que devemos celebrar a Ceia do Senhor sempre, pois ela traz à lembrança a nossa libertação da escravidão do pecado. E Paulo também nos ensina que ela deve ser celebrada até a volta de Jesus. Portanto, assim como Deus declarou aos judeus que a Páscoa deveria ser como um estatuto para sempre em suas vidas, a Ceia do Senhor, também é uma aliança perpétua de Deus conosco.
Quando o povo de Israel celebrava a Páscoa, quando ela era ensinada aos seus filhos, era passado de geração para geração o seu significado, isto é, o sangue do cordeiro imolado que foi derramado e passado nos umbrais da porta que serviu de libertação do povo da escravidão.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor também relembramos aquele momento em que o sangue precioso do Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz. Aquele sangue era a Nova Aliança que Deus estava realizando conosco, um novo pacto, um novo concerto. E nesse novo concerto, Deus traz a promessa de perdão de pecados, a promessa de vida eterna.
Que Rito é Este? É uma Nova Aliança, um novo pacto onde Deus nos concede, mediante o sangue de Jesus Cristo, uma nova vida, uma vida eterna com Ele na glória.
3) LEVA O POVO A ADORAÇÃO – Vs 27 – “O povo se inclinou e adorou” – Essa foi uma atitude que demonstrou que o povo, naquele momento ali, reconheceu o poder e o agir de Deus. O povo se inclinou diante do Senhor. Já haviam se passado 400 anos que estavam sofrendo horrores no Egito, sendo espezinhados, maltratados, sofrendo discriminação. Agora veio a libertação, agora podiam se felizes, seriam reconhecidos como seres humanos e, melhor ainda, tinha Deus ao seu lado. O povo se prostrou em adoração.
Eles estavam vivendo uma nova situação em suas vidas; para eles indicava o início de uma nova dispensação onde o poder de Deus e a Sua a graça se destacavam. Naquele dia, o povo de Israel tinha sido libertado. Naquele dia, começaram sua jornada para a conquista da Terra Prometida. Gratidão e devoção deveriam ser resultados por todas as gerações. Gratidão e devoção a Deus deveriam existir no coração de cada israelita e de toda a sua descendência por reconhecimento da ação misericordiosa e poderosa de Deus contra a escravidão no Egito e contra Faraó.
Esse mesmo sentimento devemos ter quando celebramos a Ceia do Senhor: Adoração.
O apostolo Paulo nos ensina que Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. (Fl 2.6-8) – Essa humilhação de Jesus, o deixar a Sua glória, assumir a nossa forma humana, levar sobre si no peso do madeiro todo o nosso pecado e morrer na mais infame morte, a morte de cruz, deve nos levar a nos inclinar diante dele em adoração eternamente. Não há amor maior do que este.
Que Rito é Este? É o sacrifício de Cristo que nos liberta de todo o pecado, é o motivo de nossa adoração, é o motivo de nosso reconhecimento do Seu grande amor para com os pecadores.
CONCLUSÃO - Ex 13.11-16 – “sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos” – Era algo que o povo jamais deveria se esquecer. Em todos os anos em que se comemoraria a saída do Egito, a Páscoa deveria ser celebrada, isto por todas as gerações. Então isso significa que jamais o povo de Israel deveria deixar de celebrar a Páscoa.
Mas não foi o que aconteceu. O povo tomou posse da Terra Prometida, se envolveu, se misturou com os moradores que restauram naquela terra, se prostituiu com o seus deuses e sempre estava distanciado de Deus. Com isso, por muitas gerações, a Páscoa foi esquecida. Somente quando Deus levantava um profeta ou um rei conforme o coração de Deus, é que o povo era trazido de volta ao cumprimento de seus deveres para com o Senhor e daí, celebravam Páscoa como relembrança das bênçãos de Deus.
Hoje também não é diferente. A Ceia do Senhor deve ser celebrada por todos os cristãos até à volta do Senhor Jesus Cristo. Mas, o povo tem se esquecido do quanto este rito é importante para a nossa alma, para a nossa comunhão com Deus. E, por motivos banais, ou por se misturar com o povo do mundo e viver numa prática pecaminosa, muitos se afastam desta celebração e, assim, perdem as bênçãos do Senhor em sua vida.
Que Rito é Este? É o rito da nossa vitoria, é o rito da nossa libertação da escravidão do pecado, do inferno, é o rito da nossa salvação, da vida eterna.
Amém!
Aqui no capítulo 12 a Bíblia mostra o anúncio da décima praga, que era o seguinte: à meia noite o anjo da morte iria percorrer todas as terras do Egito matando todos os primogênitos.
Porem Deus realizaria grande livramento aos escravos israelitas, o Seu povo. Deus ordenou que, para que fossem salvos do anjo da morte, deveriam celebrar a Páscoa.
Para a celebração da Páscoa, Deus deu ordens específicas a Moisés para que cada família sacrificasse um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito, sem mancha e deveriam pegar o sangue desse cordeiro e passar em ambas as ombreiras e na verga da porta de cada casa dos Israelitas, desta forma quando o anjo do Senhor viesse ferir os primogênitos, não tocaria na vida de Seu povo.
A palavra "Páscoa" no hebraico significa pesah, passar por cima, passar de largo, poupar. E foi exatamente isso que aconteceu, o Anjo do Senhor feriu todos os primogênitos do Egito e quando via o sangue nas portas, passava por cima das casas dos hebreus.
Aconteceu que, à meia-noite, o anjo da morte enviado pelo Senhor feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, até ao primogênito do maior escravo, e todos os primogênitos dos animais. E, naquela madrugada houve grande desespero no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto; da casa de Faraó até à mais humilde casa, atingindo até os animais: não havia casa em que não houvesse morto. Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes ordenou que saíssem com o povo de Israel do Egito. Saiu, pois, o povo de Deus, liberto da escravidão, livre para servir ao Senhor e gozar de Sua presença, saíram em direção à Terra Prometida.
A partir daquele momento, o povo de Deus deveria celebrar a Páscoa como estatuto perpétuo, como um memorial. Assim quando os seus filhos perguntassem: Que Rito é Este? A Páscoa serviria de testemunha. Porque, na realidade a Páscoa era a celebração da vitória que o Senhor havia dado ao Seu povo.
Para nós, os cristãos, a Páscoa contém um rico simbolismo. O próprio Novo Testamento afirma que as festas judaicas eram sombra de coisas futuras, coisas que haveriam de vir (Cl 2.16,17;Hb 10.1). Portanto, a Páscoa apontava para o sacramento da Ceia do Senhor instituído pelo Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos e à Sua Igreja. E a Ceia do Senhor aponta para o sacrifício de Cristo, a morte do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, onde o Seu sangue, derramado sobre a cruz, é capaz de nos purificar de todo o pecado e nos livrar da morte eterna.
Que Rito é Este? Qual o significado da Páscoa e, consequentemente, a Ceia do Senhor?
1) É INSTRUMENTO DO SENHOR PARA LIVRAR DO DESTRUIDOR – Vs 23 – “...não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir” – Aquela 10ª praga traria muita dor e sofrimento para o povo. Enquanto as outras 9 pragas não tinham causado tanta dor, como: a água estava sendo transformada em sangue, enquanto eram apenas as rãs, piolhos, gafanhotos, mas as pessoas continuavam vivas, podemos dizer que ainda era suportável. Porem, agora, haveria morte. Morte traz consigo a dor, o desespero, o sofrimento, a destruição completa.
Mas o sangue do cordeiro passado na verga da porta e em ambas as ombreiras serviria de proteção para o povo de Deus. Que Rito é Este? É um rito que celebra o livramento da morte, é um rito que promove a liberdade.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor, também podemos fazer a mesma afirmação quando nos perguntam Que Rito é Este?: estamos aqui celebrando o livramento do Destruidor.
Sim, a Bíblia nos ensina que o sangue do Senhor Jesus Cristo nos purifica de todo pecado. Foi preciso que o sangue fosse derramado para que recebêssemos o perdão de nossos pedados. O autor da Carta aos Hebreus nos ensina que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. O sangue de Jesus foi derramado, o sangue de Jesus foi passado em nosso coração.
“Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” Hb 9.13,14
Que Rito é Este? É o instrumento de Deus para nos dar a libertação da escravidão do pecado.
2) É ALIANÇA PERPETUA DE DEUS – Vs 24 - Aliança significa pacto, acordo, ajuste, concerto. Naquele momento ali no Egito, quando o povo de Israel estivesse celebrando a sua 1º Páscoa, Deus estaria afirmando Sua aliança com o povo. Uma aliança que jamais poderia ser quebrada, pois essa aliança partiu do próprio Deus, de Sua fidelidade, de Sua Palavra imutável, e não da vontade humana.
Essa aliança consistia em celebração da Páscoa para sempre, por parte dos judeus, relembrando a libertação da escravidão do Egito, e a promessa da parte de Deus de continuar a derramar as Suas bênçãos sobre o Seu povo.
Assim como a páscoa se tornou como estatuto para sempre para o povo de Deus, ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus também a tornou como uma Nova Aliança que deveria ser observada e cumprida para sempre – 1º Coríntios 11.23-26
Paulo nos ensina que devemos celebrar a Ceia do Senhor sempre, pois ela traz à lembrança a nossa libertação da escravidão do pecado. E Paulo também nos ensina que ela deve ser celebrada até a volta de Jesus. Portanto, assim como Deus declarou aos judeus que a Páscoa deveria ser como um estatuto para sempre em suas vidas, a Ceia do Senhor, também é uma aliança perpétua de Deus conosco.
Quando o povo de Israel celebrava a Páscoa, quando ela era ensinada aos seus filhos, era passado de geração para geração o seu significado, isto é, o sangue do cordeiro imolado que foi derramado e passado nos umbrais da porta que serviu de libertação do povo da escravidão.
Hoje, quando celebramos a Ceia do Senhor também relembramos aquele momento em que o sangue precioso do Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz. Aquele sangue era a Nova Aliança que Deus estava realizando conosco, um novo pacto, um novo concerto. E nesse novo concerto, Deus traz a promessa de perdão de pecados, a promessa de vida eterna.
Que Rito é Este? É uma Nova Aliança, um novo pacto onde Deus nos concede, mediante o sangue de Jesus Cristo, uma nova vida, uma vida eterna com Ele na glória.
3) LEVA O POVO A ADORAÇÃO – Vs 27 – “O povo se inclinou e adorou” – Essa foi uma atitude que demonstrou que o povo, naquele momento ali, reconheceu o poder e o agir de Deus. O povo se inclinou diante do Senhor. Já haviam se passado 400 anos que estavam sofrendo horrores no Egito, sendo espezinhados, maltratados, sofrendo discriminação. Agora veio a libertação, agora podiam se felizes, seriam reconhecidos como seres humanos e, melhor ainda, tinha Deus ao seu lado. O povo se prostrou em adoração.
Eles estavam vivendo uma nova situação em suas vidas; para eles indicava o início de uma nova dispensação onde o poder de Deus e a Sua a graça se destacavam. Naquele dia, o povo de Israel tinha sido libertado. Naquele dia, começaram sua jornada para a conquista da Terra Prometida. Gratidão e devoção deveriam ser resultados por todas as gerações. Gratidão e devoção a Deus deveriam existir no coração de cada israelita e de toda a sua descendência por reconhecimento da ação misericordiosa e poderosa de Deus contra a escravidão no Egito e contra Faraó.
Esse mesmo sentimento devemos ter quando celebramos a Ceia do Senhor: Adoração.
O apostolo Paulo nos ensina que Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. (Fl 2.6-8) – Essa humilhação de Jesus, o deixar a Sua glória, assumir a nossa forma humana, levar sobre si no peso do madeiro todo o nosso pecado e morrer na mais infame morte, a morte de cruz, deve nos levar a nos inclinar diante dele em adoração eternamente. Não há amor maior do que este.
Que Rito é Este? É o sacrifício de Cristo que nos liberta de todo o pecado, é o motivo de nossa adoração, é o motivo de nosso reconhecimento do Seu grande amor para com os pecadores.
CONCLUSÃO - Ex 13.11-16 – “sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos” – Era algo que o povo jamais deveria se esquecer. Em todos os anos em que se comemoraria a saída do Egito, a Páscoa deveria ser celebrada, isto por todas as gerações. Então isso significa que jamais o povo de Israel deveria deixar de celebrar a Páscoa.
Mas não foi o que aconteceu. O povo tomou posse da Terra Prometida, se envolveu, se misturou com os moradores que restauram naquela terra, se prostituiu com o seus deuses e sempre estava distanciado de Deus. Com isso, por muitas gerações, a Páscoa foi esquecida. Somente quando Deus levantava um profeta ou um rei conforme o coração de Deus, é que o povo era trazido de volta ao cumprimento de seus deveres para com o Senhor e daí, celebravam Páscoa como relembrança das bênçãos de Deus.
Hoje também não é diferente. A Ceia do Senhor deve ser celebrada por todos os cristãos até à volta do Senhor Jesus Cristo. Mas, o povo tem se esquecido do quanto este rito é importante para a nossa alma, para a nossa comunhão com Deus. E, por motivos banais, ou por se misturar com o povo do mundo e viver numa prática pecaminosa, muitos se afastam desta celebração e, assim, perdem as bênçãos do Senhor em sua vida.
Que Rito é Este? É o rito da nossa vitoria, é o rito da nossa libertação da escravidão do pecado, do inferno, é o rito da nossa salvação, da vida eterna.
Amém!
domingo, 29 de maio de 2011
Uma Promessa de Família Abençoada - Deuteronômio 6.4-9
O livro de Deuteronômio foi o último escrito por Moisés. A mensagem principal deste livro é recapitular com o povo de Deus, que havia saído do Egito, todos os mandamentos de Deus para que eles não se esquecessem quando tomassem posse da terra prometida.
O povo de Deus já estava às portas da terra prometida. E a promessa de Deus é que ali, nessa nova terra, eles seriam extremamente abençoados – Vs 10,11 – para eles seria um novo projeto de vida, uma nova conquista, onde Deus prometia a Sua bênção.
Mas o que Moisés coloca aqui é que a bênção de Deus sobre o povo na nova terra, seria condicionada à obediência, aos cumprimentos dos estatutos e aos juízos de Deus – Vs 1-3
Nos dias de hoje encontramos muitas pessoas correndo atrás das bênçãos do Senhor, desejosos e esperançosos de receber de Deus as Suas bênçãos, mas não procuram viver uma vida que agrada o coração de Deus.
Não podemos desfrutar das bênçãos do Senhor se não estivermos vivendo segundo a Sua vontade, segundo o Seu querer.
Neste texto, Moisés mostra que o povo seria abençoado quando tomassem posse da terra prometida, porém, para que as bênçãos de Deus os alcançassem, deveriam tomar algumas atitudes.
1) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS – Vs 4,5 – Aqui Moisés dá uma introdução ao maior de todos os mandamentos: o amor a Deus. E, nestas palavras, ele descarta totalmente a existência de qualquer outro Deus e ainda enfatiza a idéia de exclusividade e soberania de Deus quando ele diz: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.
Amar o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de toda a força é o resumo de todos os ensinamentos, de todos os mandamentos do Senhor, e é a base de nosso relacionamento com Deus. Não há como servir a Deus se nosso amor para com Ele não for o principal, se o nosso amor para com Ele não for o mais forte dentro de nós.
O ser humano não pode amar a Deus conforme ama a outro ser humano ou a qualquer outra coisa, porque o amor a Deus envolve santo temor e reverência – Vs 13 – O amor a Deus se exprime por meio de uma lealdade a Ele e de onde se deriva um serviço obediente realizado de todo o coração. O amor a Deus, desacompanhado da obediência, não é amor.
A maneira que demonstramos amor a Deus é servindo-O com toda obediência. Por isso Moisés enfatiza a obediência aos mandamentos e estatutos do Senhor quando o povo tomasse posse da terra prometida.
Se queremos viver debaixo das bênçãos do Senhor, se queremos que nossa família seja abençoada, se queremos ter filhos abençoados, se queremos ser maridos, esposas abençoados, em fim, se queremos que nosso lar seja visitado sempre pela graça abençoadora do Senhor, devemos amá-lo com todo o nosso coração.
Jesus confirmou essa mensagem de Moisés ao povo de Israel quando lhe foi perguntado qual era o maior de todos os mandamentos; ele respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
Meu amado, se você tem amado mais o mundo do que a Deus, você não tem amado a Deus de todo o teu coração. Se qualquer outra coisa tem ocupado o espaço em eu coração, você não tem amado a Deus como a Bíblia nos ensina – Vs 3,4
2) TER A PALAVRA DO SENHOR NO CORAÇÃO – Vs 6 – Quais são as palavras que Moisés estava ordenando ao povo de Israel? Toda a legislação, todas as leis e mandamentos ensinados pelo próprio Deus. Todos os ensinamentos de Deus deveriam estar no coração de cada um.
A lei cai por terra quando não é acolhida no coração. Deus não queria uma obediência forçada, mas Deus queria uma obediência baseada no amor, por isso a lei deveria estar no coração.
É do coração que emanam as intenções, as resoluções e a força para cumprir a lei. No verso 5 encontramos três palavras: coração, alma e força. E agora no verso 6 Moisés resume tudo com a palavra coração. Isso significa que a obediência espiritual é uma questão do coração, e não apenas da mente.
Em Deuteronômio 11.18 Moisés repete o seu conselho ao povo quando diz: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos”.
O salmista quando medita no valor da lei do Senhor também expressa a sua preocupação em ter a Palavra do Senhor no coração quando ele diz: “Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).
Deus não quer uma obediência cega, Deus quer uma obediência como fruto do coração; uma obediência como resultado de um coração que esteja disposto a obedecer por amor, não por medo ou temor, obediência não como meio de alcançar algum benefício, mas obediência em amor, coração obediente aos Seus mandamentos.
Hoje dentro do lar encontramos muitas formas de obediência a muitas coisas (obediência à TV, computador, à internet), mas a Palavra de Deus tem sido esquecida, a Palavra de Deus tem sido negligenciada, a Palavra de Deus tem sido trocada por outros ensinamentos, outras preocupações.
E como conseqüência disso encontramos lares desajustados: os membros da família não se entendem mais, a desordem, e desobediência e a desunião e a indecência tomaram conta do lar. O egocentrismo tomou conta: é cada um pra si, e Deus pra ninguém. E, como isso tem aumentado, o número de adolescentes e jovens desajustados na escola e na sociedade, a criminalidade e as drogas têm aumentado assustadoramente no seio da família, sem falar da liberação sexual que tem invadido os lares: hoje sexo antes do casamento é algo essencial!!!???
Em fim, não precisamos ficar aqui relatando todo o mal no qual nosso mundo, nossa sociedade está vivendo, é só assistir a um jornal da TV que você fica sabendo de tudo.
Mas, e a Palavra de Deus? Aquela palavra que traz todas as orientações necessárias para que sejamos abençoados e felizes com o Senhor? Esta tem ficado esquecida – Vs 6: “Essas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração”.
3) ENSINAR A SEUS FILHOS A AMAR A DEUS – Vs 7-9 – O que me chama muito a atenção aqui em primeira mão é a responsabilidade que os pais tem de ensinar aos seus filhos a palavra do Senhor. Isso é uma responsabilidade dos pais, não dos professores, não do pastor, de mais ninguém a não ser dos pais. Os pais são os responsáveis espirituais de seus filhos.
Mas o que Moisés coloca aqui é inculcar, que significa: “Fazer-se aceitar; impor-se”. Na realidade, nós impomos aos nossos filhos muita coisa, pois queremos que eles sejam bem educados, estudiosos, inteligentes, os melhores em tudo, mas falhamos quando deixamos de inculcar neles a Palavra de Deus. Escolhemos o melhor colégio, as melhores roupas, mas não os preparamos para eternidade e nem os preparamos para amarem ao Senhor de todo o coração.
Tendo a Palavra de Deus no coração, de nossa boca só sairá ensinamentos da Palavra de Deus. Por isso que Moisés diz que devemos inculcar a Palavra de Deus a nossos filhos falando dela assentados em casa; falando dela andando pelo caminho; falando dela ao nos deitarmos; falando dela ao nos levantarmos; termos a Palavra de Deus em nossa vida diária, como sinal em nossa mão, como frontal aos nossos olhos, escrita nos umbrais de nossa casa, nas portas de nossa casa; isto é, se vivermos cada dia o dia todo com a Palavra de Deus, nós a inculcaremos na mente de nossos filhos.
Na Igreja em que fui pastor em Nova Iguaçu tinha na frente três árvores plantadas, e todas elas tinham o seu tronco torcido. Um dia um presbítero de nome Manoel me disse que tinha sido ele quem havia torcido aqueles troncos desde quando ele as plantou naquele lugar. É de pequeno que se torce a árvore.
Salomão nos ensina em seus provérbios que devemos “ensinar a criança no caminho em que ela deve andar e, quando for velho, não se desviará dele” – neste texto há uma promessa: se houver um ensinamento perfeito da vontade de Deus no coração da criança, ela vai crescer e não se desviará do que lhe foi ensinado.
Não podemos negligenciar uma responsabilidade tão grande como esta. Nós pais, estamos formando cidadãos, portanto, formemos cidadãos segundo coração de Deus. Você quer ver seu filho na eternidade junto com você? Ensine-o a guardar a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO: Vs 24,25
O povo de Deus já estava às portas da terra prometida. E a promessa de Deus é que ali, nessa nova terra, eles seriam extremamente abençoados – Vs 10,11 – para eles seria um novo projeto de vida, uma nova conquista, onde Deus prometia a Sua bênção.
Mas o que Moisés coloca aqui é que a bênção de Deus sobre o povo na nova terra, seria condicionada à obediência, aos cumprimentos dos estatutos e aos juízos de Deus – Vs 1-3
Nos dias de hoje encontramos muitas pessoas correndo atrás das bênçãos do Senhor, desejosos e esperançosos de receber de Deus as Suas bênçãos, mas não procuram viver uma vida que agrada o coração de Deus.
Não podemos desfrutar das bênçãos do Senhor se não estivermos vivendo segundo a Sua vontade, segundo o Seu querer.
Neste texto, Moisés mostra que o povo seria abençoado quando tomassem posse da terra prometida, porém, para que as bênçãos de Deus os alcançassem, deveriam tomar algumas atitudes.
1) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS – Vs 4,5 – Aqui Moisés dá uma introdução ao maior de todos os mandamentos: o amor a Deus. E, nestas palavras, ele descarta totalmente a existência de qualquer outro Deus e ainda enfatiza a idéia de exclusividade e soberania de Deus quando ele diz: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.
Amar o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de toda a força é o resumo de todos os ensinamentos, de todos os mandamentos do Senhor, e é a base de nosso relacionamento com Deus. Não há como servir a Deus se nosso amor para com Ele não for o principal, se o nosso amor para com Ele não for o mais forte dentro de nós.
O ser humano não pode amar a Deus conforme ama a outro ser humano ou a qualquer outra coisa, porque o amor a Deus envolve santo temor e reverência – Vs 13 – O amor a Deus se exprime por meio de uma lealdade a Ele e de onde se deriva um serviço obediente realizado de todo o coração. O amor a Deus, desacompanhado da obediência, não é amor.
A maneira que demonstramos amor a Deus é servindo-O com toda obediência. Por isso Moisés enfatiza a obediência aos mandamentos e estatutos do Senhor quando o povo tomasse posse da terra prometida.
Se queremos viver debaixo das bênçãos do Senhor, se queremos que nossa família seja abençoada, se queremos ter filhos abençoados, se queremos ser maridos, esposas abençoados, em fim, se queremos que nosso lar seja visitado sempre pela graça abençoadora do Senhor, devemos amá-lo com todo o nosso coração.
Jesus confirmou essa mensagem de Moisés ao povo de Israel quando lhe foi perguntado qual era o maior de todos os mandamentos; ele respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
Meu amado, se você tem amado mais o mundo do que a Deus, você não tem amado a Deus de todo o teu coração. Se qualquer outra coisa tem ocupado o espaço em eu coração, você não tem amado a Deus como a Bíblia nos ensina – Vs 3,4
2) TER A PALAVRA DO SENHOR NO CORAÇÃO – Vs 6 – Quais são as palavras que Moisés estava ordenando ao povo de Israel? Toda a legislação, todas as leis e mandamentos ensinados pelo próprio Deus. Todos os ensinamentos de Deus deveriam estar no coração de cada um.
A lei cai por terra quando não é acolhida no coração. Deus não queria uma obediência forçada, mas Deus queria uma obediência baseada no amor, por isso a lei deveria estar no coração.
É do coração que emanam as intenções, as resoluções e a força para cumprir a lei. No verso 5 encontramos três palavras: coração, alma e força. E agora no verso 6 Moisés resume tudo com a palavra coração. Isso significa que a obediência espiritual é uma questão do coração, e não apenas da mente.
Em Deuteronômio 11.18 Moisés repete o seu conselho ao povo quando diz: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos”.
O salmista quando medita no valor da lei do Senhor também expressa a sua preocupação em ter a Palavra do Senhor no coração quando ele diz: “Guardo no coração a tua Palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11).
Deus não quer uma obediência cega, Deus quer uma obediência como fruto do coração; uma obediência como resultado de um coração que esteja disposto a obedecer por amor, não por medo ou temor, obediência não como meio de alcançar algum benefício, mas obediência em amor, coração obediente aos Seus mandamentos.
Hoje dentro do lar encontramos muitas formas de obediência a muitas coisas (obediência à TV, computador, à internet), mas a Palavra de Deus tem sido esquecida, a Palavra de Deus tem sido negligenciada, a Palavra de Deus tem sido trocada por outros ensinamentos, outras preocupações.
E como conseqüência disso encontramos lares desajustados: os membros da família não se entendem mais, a desordem, e desobediência e a desunião e a indecência tomaram conta do lar. O egocentrismo tomou conta: é cada um pra si, e Deus pra ninguém. E, como isso tem aumentado, o número de adolescentes e jovens desajustados na escola e na sociedade, a criminalidade e as drogas têm aumentado assustadoramente no seio da família, sem falar da liberação sexual que tem invadido os lares: hoje sexo antes do casamento é algo essencial!!!???
Em fim, não precisamos ficar aqui relatando todo o mal no qual nosso mundo, nossa sociedade está vivendo, é só assistir a um jornal da TV que você fica sabendo de tudo.
Mas, e a Palavra de Deus? Aquela palavra que traz todas as orientações necessárias para que sejamos abençoados e felizes com o Senhor? Esta tem ficado esquecida – Vs 6: “Essas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração”.
3) ENSINAR A SEUS FILHOS A AMAR A DEUS – Vs 7-9 – O que me chama muito a atenção aqui em primeira mão é a responsabilidade que os pais tem de ensinar aos seus filhos a palavra do Senhor. Isso é uma responsabilidade dos pais, não dos professores, não do pastor, de mais ninguém a não ser dos pais. Os pais são os responsáveis espirituais de seus filhos.
Mas o que Moisés coloca aqui é inculcar, que significa: “Fazer-se aceitar; impor-se”. Na realidade, nós impomos aos nossos filhos muita coisa, pois queremos que eles sejam bem educados, estudiosos, inteligentes, os melhores em tudo, mas falhamos quando deixamos de inculcar neles a Palavra de Deus. Escolhemos o melhor colégio, as melhores roupas, mas não os preparamos para eternidade e nem os preparamos para amarem ao Senhor de todo o coração.
Tendo a Palavra de Deus no coração, de nossa boca só sairá ensinamentos da Palavra de Deus. Por isso que Moisés diz que devemos inculcar a Palavra de Deus a nossos filhos falando dela assentados em casa; falando dela andando pelo caminho; falando dela ao nos deitarmos; falando dela ao nos levantarmos; termos a Palavra de Deus em nossa vida diária, como sinal em nossa mão, como frontal aos nossos olhos, escrita nos umbrais de nossa casa, nas portas de nossa casa; isto é, se vivermos cada dia o dia todo com a Palavra de Deus, nós a inculcaremos na mente de nossos filhos.
Na Igreja em que fui pastor em Nova Iguaçu tinha na frente três árvores plantadas, e todas elas tinham o seu tronco torcido. Um dia um presbítero de nome Manoel me disse que tinha sido ele quem havia torcido aqueles troncos desde quando ele as plantou naquele lugar. É de pequeno que se torce a árvore.
Salomão nos ensina em seus provérbios que devemos “ensinar a criança no caminho em que ela deve andar e, quando for velho, não se desviará dele” – neste texto há uma promessa: se houver um ensinamento perfeito da vontade de Deus no coração da criança, ela vai crescer e não se desviará do que lhe foi ensinado.
Não podemos negligenciar uma responsabilidade tão grande como esta. Nós pais, estamos formando cidadãos, portanto, formemos cidadãos segundo coração de Deus. Você quer ver seu filho na eternidade junto com você? Ensine-o a guardar a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO: Vs 24,25
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Fé, Oração e Confiança - Salmo 13
“Até quando esquecerás de mim? Será para sempre? Por quanto tempo esconderás de mim o teu rosto? Até quando terei de suportar este sofrimento? Até quando o meu coração se encherá dia e noite de tristeza? Até quando os meus inimigos me vencerão? Ó Senhor, meu Deus, olha para mim e responde-me! Dá-me forças novamente para que eu não morra. Assim os meus inimigos não poderão se alegrar com a minha desgraça, nem poderão dizer: Nós o derrotamos! Eu confio no teu amor. O meu coração ficará alegre, pois tu me salvarás. E, porque tens sido bom para mim, cantarei hinos a ti, ó Senhor.” BLH
Não há nenhuma informação sobre o que Davi estava passando neste momento em que ele escreve essa poesia, esta canção. Não sabemos se se tratava de um inimigo pessoal como Saul ou o seu próprio filho Absalão, ou de um inimigo do povo de Israel, pois Davi era um homem de guerra, um grande general do exército de Deus.
Mas o que encontramos aqui descrito neste Salmo demonstra sofrimento, amargura, medo, insegurança, em fim, todos os sentimentos que nós também sentimos, pois são sentimentos que fazem parte de nossa fraqueza humana.
A Bíblia nos ensina que o “justo viverá por sua fé”. O que é fé? Como você entende por fé? Fé não significa apenas o fato de você crer em Deus, crer em Sua justiça e estar em Sua casa buscando em adoração e louvor. Creio que fé envolve muito mais do que isso.
Creio que a fé vai alem do crer em Deus e buscá-lo em adoração e louvor; creio que também significa a maneira pela qual você vai se comportar diante de uma aflição, diante de uma dificuldade, diante de uma dor, ou diante de um inimigo.
Aqui no Salmo 13 encontramos um homem de fé, de oração e de confiança em Deus. Mas isso não exclui o seu sentimento de medo, de insegurança, de dor. Aqui no Salmo 13 Davi demonstra o que todos nós sentimos. Não somos super-crentes, não somos super-herois da fé. NÃO. Somos fracos, somos carentes, somos inseguros, sofremos com a perseguição, sofremos com a adversidade da vida.
Podemos dizer que este Salmo é o retrato daquilo que todos nós sentimos.
A expressão com a qual ele começa sua oração a Deus é uma expressão de questionamento que se repete por quatro vezes em 2 versículos: “Até quando?” essa pergunta corresponde ao intenso desejo de libertação e à grande angústia que pairava em seu coração – Vs 1,2
A primeira coisa que Davi coloca aqui diante de Deus são os seus sentimentos no momento em que está sofrendo.
1) ESQUECIDO DE DEUS – Vs 1 – Davi se sente abandonado por Deus, esquecido de Deus em seus problemas, suas lutas, suas dificuldades. A idéia que temos é que o tempo passava mas não havia respostas de Deus, não havia solução, pelo contrário, parecia um que Deus estava em silêncio e isso trazia um sentimento de ter sido esquecido por Deus.
Eu vejo nestas palavras de Davi um retrato fiel da nossa própria experiência? Muitas vezes, devido á nossa aflição, somos levados a pensar que somos tão insignificantes para com Deus a ponto Dele ter nos esquecido: “Até quando Senhor?”
2) TRISTEZA NO CORAÇÃO – Vs 2 – Esse sentimento de Davi era de tristeza, tristeza no coração, angústia, algo que nenhum medicamento poderia resolver, era algo de dentro de sua alma. Notem também que era uma tristeza diária, todos os dias; e também era algo que ele lutava todos os dias. Não se tratava de uma tristeza que ele cultivava, que ele queria sentir, que ele queria alimentar em sua vida para que alguém tivesse pena dele, mas ele relutava, ele tentava resistir a ela, mas não conseguia se livrar.
O próprio sentimento de se ter sido esquecido de Deus já provoca dentro do ser humano uma tristeza imaginável. O sentimento de abandono deixa qualquer um destruído. “Até quando Senhor estarei relutando contra essa tristeza em meu coração todos os dias? “Até quando?”
3) DERROTA – Vs 2 – O seu inimigo estava erguido contra ele, preparado para dar o bote, preparado para ceifar a sua vida. Ele se sentia fraco diante de seu inimigo. Era como se ele estivesse voltado a enfrentar o gigante Golias, só que, agora, ele se sentia como um verme diante daquele gigante, certamente iria fracassar. Suas forças se foram e o inimigo crescia cada vez mais.
Quando as dificuldades surgem em nossa vida, realmente o sentimento que temos é que os problemas vão nos sucumbir, perdemos as forças, nos enfraquecemos, nos sentimos derrotados, fragilizados. “Até quando Senhor vamos ter esse sentimento de fraqueza? “Até quando nossos inimigos vão prevalecer? “Até quando?”
Até aqui Davi expressa o que vai no coração de todos nós. Esses sentimentos de Davi são os nossos. Muitas vezes questionamos a Deus o seu aparente silêncio, a tristeza que vai em nosso coração pelo seu “silêncio” e o sentimento de derrota que temos diante dos nossos inimigos, os quais não conseguimos vencer. Quantas vezes não perguntamos a Deus: “Até quando?”
Mas, em sequência à sua oração, Davi toma três atitudes que, muitas vezes, falta em nós como servos do Senhor.
1) BUSCAR DEUS – Vs 3,4 – Ele sabia que, diante da aparência de abandono, Deus estava acessivo ao seu clamor. Ele toma uma atitude de buscar Deus. Ele pede, ele busca, ele bate: atenta... responde-me... ilumina-me... Deus meu!
Ele também pede ao Senhor por iluminação para que ele pudesse enxergar o mover, o agir de Deus. Ele buscar o Senhor para que Deus lhe concedesse a vitória diante de seu inimigo. Era mais um Golias que precisava ser vencido, era mais um gigante em sua vida que precisava ser derrubado.
Buscar Deus significa orar. A oração acalma a alma, a oração traz paz interior, a oração tranquiliza o coração. Se você acha que Deus te abandonou, vai orar. Se você acha que Deus se esqueceu de ti, vai orar. Se você acha que seus inimigos estão prevalecendo, vai orar. Jesus nos ensinou a orar: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” Mt 7.7
Quando oramos, descansamos nos braços de Deus. Isto é um ato de fé. Fé significa que, nas horas de fraqueza da alma, eu devo buscar o meu Deus.
2) CONFIAR NA GRAÇA – Vs 5 – Davi confiava na misericórdia de Deus. Ele faz uma declaração de fé. Em contraste com o aparente abandono de Deus, Davi continuava a crer. Em contraste com a tristeza em seu coração, ele continuava a crer. Ele não perdeu sua confiança nas misericórdias do Senhor.
Jamais podemos perder a confiança nas misericórdias do Senhor. Deus é um Deus gracioso. Sua relação conosco sempre foi por meio da Sua graça, Sua misericórdia. E a Sua Palavra nos ensina que Sua misericórdia jamais terá fim. Deus nunca deixa de nos amar, nunca oscila os Seus sentimentos para conosco. Nisso podemos confiar. Em Isaías 49.15 ele diz ao povo de Israel: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.”
3) LOUVAR O SENHOR – Vs 6 – Notem bem, até aqui Deus ainda não tinha manifestado a Sua presença na vida de Davi, muito menos resolvido a sua questão. Mas a sua fé, a sua oração e a sua confiança em Deus o fazem louvar o senhor “porquanto me tem feito muito bem”.
Davi cantou para Deus e Deus era a essência de seu cântico. Irmãos, isso é fé; isso é confiança em Deus. Ele começa sua oração com desespero, se sentindo só, abandonado, fraco. Porem, termina sua oração cantando ao Senhor; termina seguro na graça, termina com o seu coração não mais condoído pela tristeza, mas regozijado na salvação do Senhor.
Deus nunca está longe de nós. “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” Sl 34.18
Amém!
Não há nenhuma informação sobre o que Davi estava passando neste momento em que ele escreve essa poesia, esta canção. Não sabemos se se tratava de um inimigo pessoal como Saul ou o seu próprio filho Absalão, ou de um inimigo do povo de Israel, pois Davi era um homem de guerra, um grande general do exército de Deus.
Mas o que encontramos aqui descrito neste Salmo demonstra sofrimento, amargura, medo, insegurança, em fim, todos os sentimentos que nós também sentimos, pois são sentimentos que fazem parte de nossa fraqueza humana.
A Bíblia nos ensina que o “justo viverá por sua fé”. O que é fé? Como você entende por fé? Fé não significa apenas o fato de você crer em Deus, crer em Sua justiça e estar em Sua casa buscando em adoração e louvor. Creio que fé envolve muito mais do que isso.
Creio que a fé vai alem do crer em Deus e buscá-lo em adoração e louvor; creio que também significa a maneira pela qual você vai se comportar diante de uma aflição, diante de uma dificuldade, diante de uma dor, ou diante de um inimigo.
Aqui no Salmo 13 encontramos um homem de fé, de oração e de confiança em Deus. Mas isso não exclui o seu sentimento de medo, de insegurança, de dor. Aqui no Salmo 13 Davi demonstra o que todos nós sentimos. Não somos super-crentes, não somos super-herois da fé. NÃO. Somos fracos, somos carentes, somos inseguros, sofremos com a perseguição, sofremos com a adversidade da vida.
Podemos dizer que este Salmo é o retrato daquilo que todos nós sentimos.
A expressão com a qual ele começa sua oração a Deus é uma expressão de questionamento que se repete por quatro vezes em 2 versículos: “Até quando?” essa pergunta corresponde ao intenso desejo de libertação e à grande angústia que pairava em seu coração – Vs 1,2
A primeira coisa que Davi coloca aqui diante de Deus são os seus sentimentos no momento em que está sofrendo.
1) ESQUECIDO DE DEUS – Vs 1 – Davi se sente abandonado por Deus, esquecido de Deus em seus problemas, suas lutas, suas dificuldades. A idéia que temos é que o tempo passava mas não havia respostas de Deus, não havia solução, pelo contrário, parecia um que Deus estava em silêncio e isso trazia um sentimento de ter sido esquecido por Deus.
Eu vejo nestas palavras de Davi um retrato fiel da nossa própria experiência? Muitas vezes, devido á nossa aflição, somos levados a pensar que somos tão insignificantes para com Deus a ponto Dele ter nos esquecido: “Até quando Senhor?”
2) TRISTEZA NO CORAÇÃO – Vs 2 – Esse sentimento de Davi era de tristeza, tristeza no coração, angústia, algo que nenhum medicamento poderia resolver, era algo de dentro de sua alma. Notem também que era uma tristeza diária, todos os dias; e também era algo que ele lutava todos os dias. Não se tratava de uma tristeza que ele cultivava, que ele queria sentir, que ele queria alimentar em sua vida para que alguém tivesse pena dele, mas ele relutava, ele tentava resistir a ela, mas não conseguia se livrar.
O próprio sentimento de se ter sido esquecido de Deus já provoca dentro do ser humano uma tristeza imaginável. O sentimento de abandono deixa qualquer um destruído. “Até quando Senhor estarei relutando contra essa tristeza em meu coração todos os dias? “Até quando?”
3) DERROTA – Vs 2 – O seu inimigo estava erguido contra ele, preparado para dar o bote, preparado para ceifar a sua vida. Ele se sentia fraco diante de seu inimigo. Era como se ele estivesse voltado a enfrentar o gigante Golias, só que, agora, ele se sentia como um verme diante daquele gigante, certamente iria fracassar. Suas forças se foram e o inimigo crescia cada vez mais.
Quando as dificuldades surgem em nossa vida, realmente o sentimento que temos é que os problemas vão nos sucumbir, perdemos as forças, nos enfraquecemos, nos sentimos derrotados, fragilizados. “Até quando Senhor vamos ter esse sentimento de fraqueza? “Até quando nossos inimigos vão prevalecer? “Até quando?”
Até aqui Davi expressa o que vai no coração de todos nós. Esses sentimentos de Davi são os nossos. Muitas vezes questionamos a Deus o seu aparente silêncio, a tristeza que vai em nosso coração pelo seu “silêncio” e o sentimento de derrota que temos diante dos nossos inimigos, os quais não conseguimos vencer. Quantas vezes não perguntamos a Deus: “Até quando?”
Mas, em sequência à sua oração, Davi toma três atitudes que, muitas vezes, falta em nós como servos do Senhor.
1) BUSCAR DEUS – Vs 3,4 – Ele sabia que, diante da aparência de abandono, Deus estava acessivo ao seu clamor. Ele toma uma atitude de buscar Deus. Ele pede, ele busca, ele bate: atenta... responde-me... ilumina-me... Deus meu!
Ele também pede ao Senhor por iluminação para que ele pudesse enxergar o mover, o agir de Deus. Ele buscar o Senhor para que Deus lhe concedesse a vitória diante de seu inimigo. Era mais um Golias que precisava ser vencido, era mais um gigante em sua vida que precisava ser derrubado.
Buscar Deus significa orar. A oração acalma a alma, a oração traz paz interior, a oração tranquiliza o coração. Se você acha que Deus te abandonou, vai orar. Se você acha que Deus se esqueceu de ti, vai orar. Se você acha que seus inimigos estão prevalecendo, vai orar. Jesus nos ensinou a orar: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” Mt 7.7
Quando oramos, descansamos nos braços de Deus. Isto é um ato de fé. Fé significa que, nas horas de fraqueza da alma, eu devo buscar o meu Deus.
2) CONFIAR NA GRAÇA – Vs 5 – Davi confiava na misericórdia de Deus. Ele faz uma declaração de fé. Em contraste com o aparente abandono de Deus, Davi continuava a crer. Em contraste com a tristeza em seu coração, ele continuava a crer. Ele não perdeu sua confiança nas misericórdias do Senhor.
Jamais podemos perder a confiança nas misericórdias do Senhor. Deus é um Deus gracioso. Sua relação conosco sempre foi por meio da Sua graça, Sua misericórdia. E a Sua Palavra nos ensina que Sua misericórdia jamais terá fim. Deus nunca deixa de nos amar, nunca oscila os Seus sentimentos para conosco. Nisso podemos confiar. Em Isaías 49.15 ele diz ao povo de Israel: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.”
3) LOUVAR O SENHOR – Vs 6 – Notem bem, até aqui Deus ainda não tinha manifestado a Sua presença na vida de Davi, muito menos resolvido a sua questão. Mas a sua fé, a sua oração e a sua confiança em Deus o fazem louvar o senhor “porquanto me tem feito muito bem”.
Davi cantou para Deus e Deus era a essência de seu cântico. Irmãos, isso é fé; isso é confiança em Deus. Ele começa sua oração com desespero, se sentindo só, abandonado, fraco. Porem, termina sua oração cantando ao Senhor; termina seguro na graça, termina com o seu coração não mais condoído pela tristeza, mas regozijado na salvação do Senhor.
Deus nunca está longe de nós. “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” Sl 34.18
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