domingo, 28 de agosto de 2011

UMA IGREJA COMPLECENTE - Tiatira - Apocalipse 2.18-29

A palavra “complacente” significa “agradar a alguém”, “fazer a vontade”.
Tiatira era uma cidade da província romana da Ásia, área agora ocupada pela parte ocidental da Turquia. Tal como na maioria das cidades daquela região, Tiatira tinha muitos templos dedicados a vários deuses.
A primeira pessoa a aceitar Jesus como salvador na Europa, Lídia, era de Tiatira.
Historicamente houve uma Igreja em Tiatira com as condições escritas aqui por João.
A carta à Igreja em Tiatira é, ao mesmo tempo, a mais longa e a que fortemente reflete uma condição de total corrupção. Nesta carta, há um único verso que ressalta o que aquela Igreja tinha de bom; porem, há cinco versos que descrevem seus males e trazem advertências severas.
Esta carta à Igreja em Tiatira mostra-nos que a Igreja pode cair a um nível baixíssimo, e, apesar disso, ser chamada de “Igreja”. Esta carta mostra o triúnfo do paganismo na Igreja, especialmente no tocante aos seus padrões morais.
Quem escreve esta carta? Vs 18: “...O Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido”. Em cada carta, o título e a caracterização de Cristo visam ter uma aplicação direta à Igreja a quem Ele escreve. Tiatira era uma Igreja corrupta, complacente com o pecado, madura para o juízo divino, pois vivia debaixo do desprazer de Deus. Assim, também, Cristo é caracterizado como um Juiz que tem autoridade, e que em breve aplicará seu castigo.
O que Ele escreve? Vs 19 – Em todas as cartas que Jesus escreve para as sete Igrejas do Apocalipse Ele descreve esse conhecimento: “Conheço as tuas obras”. Isso expressa um conhecimento das condições espirituais daquelas Igrejas, e não apenas um conhecimento daquilo que elas faziam, ao que denominamos de serviço. Há um conhecimento de Deus da condição espiritual de cada Igreja, de cada um de nós. Davi no Salmo 139 expressa esse conhecimento de Deus quando ele diz: “Tu me sondas e me conheces... de longe penetras os meus pensamentos... e conheces todo os meus caminhos. Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda... Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir”.
Portanto, quando o Senhor diz que “Conheço as tuas obras”, Ele está afirmando que conhece não só todo o nosso serviço, mas, também como Ele conhece a nossa condição espiritual em realizar tais serviços.
O que Ele tinha contra a Igreja em Tiatira? Vs 20 – A tolerância à um tipo de Jezabel. Jezabel foi esposa do rei Acabe, rei de Israel, nos dias do profeta Elias. Foi uma rainha idolatra e imoral que lutou contra Elias, desafiando e negando a sua autoridade espiritual. Jezabel era uma princesa pagã quando o rei de Israel se casou com ela. Esse casamento assinalou o começo do declínio moral da nação de Israel. O certo é que Jezabel nunca entendeu e nem respeitou a adoração e o culto a Deus. E com isso Israel começou a viver uma das maiores apostasias da fé no reinado de Acabe.
Acabe era de caráter fraco e maleável, logo se transformou em um instrumento nas mãos de Jezabel. Ela chegou ao extremo de procurar eliminar completamente os profetas do Senhor, e teria obtido sucesso se Obadias não tivesse escondido 100 profetas, de 50 em 50 em cada cova, sustentando-os a pão e água.
Ela estabeleceu em Israel a adoração ao deus Baal e a outras divindades pagãs. Um gigantesco santuário fora levantado na capital Samaria para adoração a Baal, suficientemente amplo para conter todos os adoradores desse culto. Contava com 450 sacerdotes de Baal. Acabe, o rei de Israel, se rebaixou a ponto de oferecer sacrifícios a uma divindade falsa nos santuários que foram levantados.
Jezabel, a prostituta religiosa e ardorosa promotora da idolatria, tornou-se um símbolo do pecado que cometia a Igreja de Tiatira.
A quem Jesus se referia como Jezabel tolerada pela Igreja em Tiatira?
1. É possível que existisse na Igreja em Tiatira alguma seita licenciosa, alguma prática herética, contrária à Palavra de Deus, a quem Jesus dá o nome de Jezabel.
2. Também é provável que Jesus tenha nominado algumas pessoas que não só levavam, mas também praticavam rituais pagãos, rituais que não são ensinados por Deus em Sua adoração.
3. Notemos que Jezabel era uma profetiza de Baal. Ela imitava os dons espirituais provavelmente mediante as artes mágicas e o demonismo. Desse modo ela representa a imitação satânica dos dons espirituais.
4. O nome de Jezabel representa o adultério espiritual, e, muitas vezes, esse adultério espiritual era tolerado, ou, até mesmo encorajado dentro da Igreja de Cristo. Era quando o povo de Deus começava a crescer em vangloria, honrarias, méritos, se assentando no trono e deixando o Senhor da Igreja fora dele.
5. Em fim, quando Jesus cita Jezabel em sua carta à Igreja em Tiatira, Ele quer mostrar que muitas vezes o mundanismo, práticas religiosas, porem antibíblicas, tem penetrado no meio do povo de Deus, levando o ser humano a uma “satisfação” emocional, egocêntrica e não há uma satisfação espiritual de sua alma.
Creio que podemos entender isso como ajeitar as coisas para que todos no culto fiquem satisfeitos, sejam agradáveis, fiquem alegres, sem importar se o Senhor da Igreja está satisfeito e alegre com suas práticas.
É moldar a Igreja a padrões atuais e mundanos e não moldar o mundo aos padrões de Deus – Vs 21,22 – Há muita Igreja doente porque não tem vivido e nem pregado a seriedade do evangelho do Senhor Jesus Cristo – Vs 22 – O leito de enfermidade será um leito de morte. Aqui é subtendido a ira de Deus contra as “Jezabel” e todos aqueles que seguem as suas idéias; todos aqueles que cedem às influencias malignas do paganismo – Vs 23: “...vos darei a cada um segundo as vossas obras” – Um homem será julgado tanto pelo que tiver feito, como por aquilo que é, e não haverá exceção acerca disso, porque Paulo diz em 2º Cor 5.10: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”.
Cristo faz uma promessa à Igreja fiel – Vs 24-26 – A todos aqueles que se mantiverem fieis, não abrirem a guarda para que o mundanismo penetrasse; não viveram e nem permitiram práticas mundanas dentro da Igreja do Senhor; a estes “eu lhe darei autoridade sobre as nações”. A promessa é que, aqueles que repeliram o corrupto mundo de Jezabel herdarão o novo mundo, herdarão a vida eterna. Deus fala de autoridade, Deus fala de honra, pois Deus honrará aqueles que Lhe são fieis.
Amém!

sábado, 6 de agosto de 2011

O CORDÃO DE FIO ESCARLATA - Josué 2.1-21

O livro de Josué é um dos livros históricos do Velho testamento. Ele narra a invasão da Terra Prometida pelo povo de Deus.

Josué foi o sucessor de Moisés. Foi o próprio Deus quem determinou que Josué assumisse a direção do povo de Israel para introduzi-lo à Terra Prometida porque Moisés já havia morrido – Js 1.2,3

Visto que a Terra Prometida deveria ser espiada com o propósito de ser conquistada, Josué enviou 2 homens para cumprirem essa tarefa – Js 2.1

A primeira cidade que seria tomada e destruída na Terra Prometida era a cidade de Jericó. Nesta cidade morava uma prostituta, uma mulher da vida, chamada Raabe. Foi na casa de Raabe que os 2 espias enviados por Josué se abrigaram.

Tendo o rei de Jericó tomado conhecimento da presença dos espias na casa de Raabe, mandou buscá-los, porém, Raabe os escondeu para que mal nenhum lhes acontecesse e pudessem voltar para o acampamento do povo de Israel a salvos.

Aterrorizada por causa da aproximação dos israelitas para conquistarem Jericó, Raabe fez um acordo com os espias, pedindo proteção para ela e para toda sua família.

Raabe, naquela noite, escondeu os espias dos agentes do rei de Jericó, ajudando-os a escaparem através de uma janela de sua casa que ficava em cima da muralha da cidade.

Quando a cidade foi invadida pelo povo de Israel, Josué poupou a Raabe e toda a sua família que estavam abrigados em sua casa.

O que levou Raabe a esconder os espias a ajudá-los a fugir foi a fé que ela depositou no Deus do povo de Israel.

Raabe era uma mulher depravada; jamais poderíamos pensar que ela fosse capaz de obter tão grande vitória mediante a fé que depositou em Deus.

Mas ela se tornou um exemplo clássico do que pode fazer a fé, mostrando-nos, ensinando-nos que não há pessoa neste mundo que esteja fora do alcance do milagre da fé.

Vs 17,18 – A mesma corda vermelha usada para permitir que os espias escapassem, teria de ser afixada à janela exterior da casa para que aquela casa não fosse invadida quando o povo de Israel atacasse a cidade. Aquilo que tinha servido de meio de escape para os dois espias também serviria de escape para Raabe e sua família – Vs 18,21

É importante entendermos que não foi a cordão vermelho colocado na janela que deu salvação a Raabe e sua família, mas sim a fé que ela depositou no milagre que Deus poderia fazer em sua vida.

O cordão vermelho era símbolo da libertação da morte, assim como o sangue do cordeiro da páscoa, passado nos umbrais da porta da casa do povo de Israel os livrou do anjo da morte na última noite que passaram no Egito, pois, tanto o sangue do cordeiro da páscoa, como o cordão vermelho na casa de Raabe, tipificavam, simbolizavam o sangue precioso do Senhor Jesus Cristo que seria derramado na cruz para realizar em nossa vida o milagre do perdão dos nossos pecados e nos dar a vida eterna.

Raabe teve sua vida salva, Deus a transformou porque ela creu em Deus e obedeceu aos espias, colocou o cordão vermelho na janela de sua casa como uma marca de que esperava em Deus.

Da mesma forma sua vida pode ser salva também. Deus pode realizar o maior milagre que é perdoar seus pecados e lhe dar a vida eterna, em semelhança a Raabe, porque, “...o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (I Jo1.5), mas é preciso seguir o passos de fé que Raabe seguiu:

O primeiro passo de Raabe foi:

1) RECONHECER QUEM É DEUS – Vs 8-11 – As notícias sobre o que Deus já tinha feito já havia chegado a Jericó; Deus já era conhecido e temido por todos os seus moradores. Raabe tinha consciência de que, o que estava acontecendo, era algo sobrenatural, entendendo que YAHWEH-ELOHIM (o Eterno Todo-Poderoso) é o verdadeiro Deus, aquele que habita nos céus e lá de cima controla todas as coisas – Vs 11 – Raabe se rendeu diante do poder de Deus, diante da Sua grandiosidade.

Um outro exemplo que temos de alguém que se rendeu diante do poder de Deus está registrado em Atos 16, quando Paulo e Silas estão presos e Deus manifesta Seu poder. A terra treme, as cadeias caem, e Deus faz tudo isso para salvar apenas um homem e sua família, que é o carcereiro de Filipos. Quando o carcereiro viu o poder de Deus sendo manifestado, ele se rendeu a Deus, e, como Raabe, perguntou a Paulo: “...o que devo fazer para que seja salvo?”, Paulo lhe respondeu: “Creia no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa”.

Creia no sangue derramado em seu favor, coloque em seu coração o “cordão vermelho” que serás livre da morte. Foi o que Raabe fez, ela creu no poder de Deus.

O segundo passo que Raabe deu foi:

2) RECONHECER O QUE DEUS PODE FAZER – Vs 12,13 – Tendo confessado sua fé no Deus de Israel, Raabe rogou que os espias jurassem que ela e sua família não seriam mortos. Ela tinha usado de misericórdia para com eles e estava rogando que Deus também usasse de misericórdia para com ela, seus pais, seus irmãos. Raabe reconheceu que Deus pode perdoar, salvar, agir com misericórdia: “...livrareis a nossa vida da morte” (Vs 13).

Misericórdia é o ato de tratar um ofensor com menos rigor do que ele merece, é uma atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um pecador – Jó 8.5-7 - Lm 3.21-23

O terceiro passo que Raabe deu foi:

3) CREU NO LIVRAMENTO DO SENHOR – Vs 14-21 – quando Israel invadiu Jericó, destruindo todas as casas com seus moradores, Raabe foi salva, ela e todos aqueles que estavam dentro de sua casa, tendo como sinal, o cordão vermelho na janela.

O verso 21 nos mostra que Raabe acreditou, com o seu coração, que o livramento aconteceria, tanto que ela atou o cordão vermelho em sua janela.

Por causa desta atitude, o autor da carta aos Hebreus coloca Raabe na galeria dos heróis da fé (11.31) e Tiago a cita em sua carta como alguém que creu no livramento do Senhor e foi salva.

Todo nosso relacionamento com Deus se baseia na fé, no crer. Raabe creu, acreditou que poderia ser liberta da morte, e foi.

Foi o que Jesus disse a Nicodemos: João 3.16

Basta apenas que você creia que Cristo morreu, deu o Seu sangue na cruz para salvá-lo da morte eterna; basta apenas que você creia que o cordão vermelho simboliza o sangue de Cristo passado em seu coração para salvá-lo.

CONCLUSÃO – Raabe foi salva da morte. E não apenas isto, em Mateus 1.5 está registrado na genealogia de Jesus que Raabe casou-se com Salmon e tiveram um filho chamado Boaz que foi o bisavô de Davi de onde descendeu Cristo. Portanto, Raabe foi abençoada por Deus porque participou da linhagem de Jesus.

Tudo isso aconteceu porque ela reconheceu quem era Deus, reconheceu o que Deus poderia fazer por ela e creu que o Senhor a transformaria e a salvaria.

Deus pode fazer tudo isso com você.


Amém !

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ORAI SEM CESSAR - 1º Reis 18.41-45

Está é a ordem que o Apóstolo Paulo deixou registrado em 1º Tessalonicenses 5:17: “Orai sem cessar”. Claro que isso não pode significar que devemos estar com uma postura de cabeças baixas e olhos fechados o dia todo. Não é isso que Paulo está falando; mas ele se refere a uma atitude de consciência da presença de Deus e de render a Deus tudo o que fazemos, o tempo todo.
Quando nossos pensamentos se voltam à preocupação, ao medo, ao desencorajamento e ira, devemos conscientemente e rapidamente tornar todo pensamento em oração e toda oração em ação de graças.
Em sua carta aos Filipenses, Paulo diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (4:6). Aos crentes de Colossos ele disse: “perseverai na oração, vigiando com ações de graças” (4:2). Aos crentes de Éfeso Paulo os exortou a enxergarem a oração como uma arma para ser usada em batalhas espirituais (Efésios 6:18). O famoso pregador do século 19, Charles Spurgeon, descreveu a vida de oração de um Cristão ao dizer: “Como os cavaleiros da antiguidade, sempre em batalha, mas nem sempre em seus cavalos avançando com suas lanças contra o seu adversário para fazê-lo cair do cavalo, mas sempre usando as armas que podiam alcançar.... Aqueles cavaleiros deprimidos geralmente dormiam em suas armaduras; então, até mesmo quando dormimos, ainda sim devemos estar no espírito de oração, para que se por acaso acordarmos de noite, ainda estaremos com Deus”.
O teólogo John MacArthur adverte que: “a falta de oração vai fazer com que paremos de depender da graça de Deus e passemos a depender de nós mesmos”.
Orar sem cessar é, em essência, dependência da comunhão com o Pai.
A nação de Israel estava sob o comando do rei Acabe. Acabe foi um rei politicamente forte e muito poderoso, mas muito fraco na moralidade pessoal e religiosa – 1º Rs 16.30-33
Elias, o profeta, aparece nesse cenário para confrontar o rei Acabe e os profetas de Baal. A primeira palavra que Deus mandou Elias dizer ao rei Acabe é que haveria uma seca em Israel, nem orvalho e nem chuva cairia sobre a terra.
Sabemos como a chuva é essencial para regar a terra; a sua falta provocou uma grande seca, fome e miséria. Em 1º Rs 18.2, quando Deus mandou Elias se apresentar a Acabe depois de um grande período de seca, diz que a “fome era extrema em Samaria”.
Após 3 anos e meio, Deus manda Elias se apresentar a Acabe porque Ele mandaria novamente a chuva sobre Israel – 1º Rs 18.1
Elias era um homem comum, exatamente igual a todos nós. Era um homem sujeito às mesmas fraquezas: ele teve medo de Jezabel, fugiu, sentiu depressão, se escondeu numa caverna, pediu para si a morte; porém, era um servo de Deus que aprendeu o valor da oração sem cessar, era um homem justo e aprendeu que a oração muito pode por sua eficácia.
Irmãos, o maior poder que existe no mundo hoje é o poder da oração, do clamor, da busca a Deus. Em Jeremias 33.3 Deus disse: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.
Elias foi um homem de oração. Aqui no texto, no verso 42, diz que Elias “subiu até o alto do monte Carmelo, e, dobrou-se até o chão, meteu o rosto entre os joelhos”. Deus já tinha falado a Elias que mandaria chuva, ele já tinha a Palavra de Deus e a Sua promessa, mesmo assim, quando ele foi enfrentar o rei Acabe, ele se prostrou diante do Senhor: “...e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos”.
O que aprendemos aqui com Elias sobre “orar sem cessar”?

1) DEVEMOS ORAR MESMO TENDO A PROMESSA DA VITÓRIA – Vs 41 – “...Já se ouviu ruído de abundante chuva” – Quando Elias falou essas palavras ao rei Acabe, não havia, no céu, nenhuma evidência de chuva, o céu estava limpo, sem nuvens, um dia claro, sol alto. Porem, Deus já tinha liberado a abundante chuva, seria uma chuva torrencial, capaz de inundar a terra e fazê-la brotar novamente. Elias manda o rei acabe comemorar, comer, beber, pois Deus cumpriria a Sua Palavra. Elias não precisava mais orar para que a chuva caísse, pois Deus já a tinha ordenado.
Mas é exatamente aí que nós nos enganamos, ou deixamos que o diabo nos engane. Mesmo quando estamos de posse de uma promessa de Deus, nossa atitude não deve ser outra, senão, a oração.
No verso 42 diz que subiu o rei Acabe a comer e beber, a festejar, enquanto Elias foi para o alto do monte orar a Deus. Elias queria se certificar de que o ruído de chuva significava que logo choveria sobre Samaria para que todos contemplassem a vitória de Deus.
Olhem só a firmação que Elias faz a Acabe: “...Já se ouviu ruído de abundante chuva”. Havia muita seca, muita fome, grande miséria entre o povo. São nesses momentos de lutas, tribulações, de caos que ouvimos com maior freqüência as vozes de murmuração, de choro, de descontentamento. Era assim que estava o povo de Israel. Porem, em meio a todo esse caos, Elias começou a ouvir um ruído abundante de chuva.
Se começarmos a confiar nas promessas de Deus e continuarmos a orar sem cessar, nós também aprenderemos a ouvir ruídos de abundantes chuvas sobre a nossa seca, nossa miséria. Aprenderemos a ouvir os sons celestiais da esperança no meio da desesperança, da alegria no meio da tristeza, do riso no meio do choro, da cura no meio da doença. O Profeta Elias começou, pela fé a ouvir ruído de abundante chuva no meio da seca.

Continue a orar. Se você já está ouvindo ruído de abundante chuva sobre a sua vida, porém ela ainda não chegou efetivamente, continue orando, clamando, suplicando ao Senhor. Enquanto Elias orava, a chuva estava sendo gerada pela fé. Mantenha-se numa atitude de oração até que as promessas de Deus se cumpram em sua vida.

2) DEVEMOS ESTAR HUMILHADOS DIANTE DO SENHOR – Vs 42 – Elias se humilhou diante do Senhor fundamentado na promessa de Deus. Ele se ajoelhou e então se inclinou com a cabeça em terra, de tal modo que, enquanto seu rosto estava entre os joelhos, sua testa tocava o chão. Essa postura de Elias prova a intensidade de seu espírito de oração.

Tiago em sua epístola, 5.16,17,18 diz: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. E orou de novo e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos”.

Essa afirmação de Tiago mostra o poder da oração de quem se coloca diante de Deus completamente humilhado.

Elias não foi nenhum super homem, ou super crente; ele não possuía poderes mágicos; Tiago diz em sua epístola que ele era um homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos que temos, isto é, fraqueza, tristeza, decepção, derrota, fragilidade, cansaço, desespero. Contudo, Elias se tornou um instrumento de poderosos acontecimentos mediante a sua vida de oração sem cessar.

Ele tinha todas as restrições e empecilhos próprios da natureza humana, mas venceu espiritualmente, por causa de sua vida de oração.

Aqui no texto encontramos um profeta prostrado, com o rosto ao chão, com o coração derramado diante do Senhor, clamando, buscando a face de Deus, buscando respostas que o próprio Deus já havia dado.

Mesmo de posse das promessas, precisamos estar humilhados diante do poder do Senhor porque quem faz o milagre, quem derrama as bênçãos é o Senhor.

Há uma palavra do Apóstolo Pedro que é muito forte quando ele diz: “humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” 1º Pd 5.6,7

3) DEVEMOS ORAR, MESMO QUANDO “NÃO HÁ NADA” – Vs 43 – “...Não há nada”. Irmãos, acho essa situação muito difícil de ser vivida do ponto de vista humano: você ora, ora, ora, e, quando olha, “não há nada”. Mas existe uma promessa, Deus já havia falado, Deus já havia dado a Sua resposta, porem, “não há nada”. Isso aconteceu por seis vezes.

Muitas vezes fracassamos na oração porque desistimos cedo demais, no limiar da bênção, desistimos, não conseguimos persistir, porque não temos paciência, não somos perseverantes, e, temos orado, orado, orado, e, “não há nada”, isto é, nada acontece.

Elias orou com intensidade. Na palavra de Tiago sobre Elias, que falamos a pouco, Tiago diz que Elias orou com “intensidade”, isso significa que Elias orou em oração, isto é, ele colocou o seu coração na oração.

Olha só o que diz o verso 43: “... e disse ao seu moço: sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: volta. E assim por sete vezes”. Elias não desistiu. Ainda que estivesse demorando o cumprimento da promessa de Deus, Elias não desistiu, não se cansou, não se desanimou, não parou de buscar, não mudou o seu método, continuou prostrado com a testa no chão.

Por seis vezes Elias orou e mandou que seu servo fosse olhar lá para as bandas do mar para ver se havia algum indício de chuva e a resposta era sempre a mesma: “não há nada”. Quão humana é essa cena. Continuamos buscando e esperando sinais e indicações que nos digam se nossas orações foram ouvidas e respondidas.

As orações de Elias continuavam sem respostas. Ele tinha a promessa de Deus. Já havia declarado ao rei Acabe que “já se ouve ruído de abundante chuva”. Porem, o servo de Elias voltou a examinar o mar por seis vezes, mas nada viu.

Mas Elias não desistiu, ele se mostrou persistente em suas orações, aceitando plenamente as condições que Paulo o Apóstolo colocou em sua palavra: “Orai sem cessar”, mesmo quando “não há nada”.

CONCLUSÃO – Vs 44,45 – As promessas de Deus não falham. Em 2º Cor 1.20 a Bíblia diz: “porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim”. Isso mostra que nenhuma das promessas de Deus pode ser frustrada.
À sétima vez, o servo de Elias foi olhar em direção ao mar e viu uma pequena nuvem, como a palma da mão do homem, mas que carregava uma grande promessa. Era Deus respondendo ao clamor de Elias, era Deus cumprindo a sua promessa. “Então disse Elias para seu servo: vá e avisa a Acabe: prepare seu carro e desça antes que a chuva o impeça”. Aleluia!!!!! – Vs 45
Com alegria Elias reconheceu que uma grande chuva estava chegando.
A oração sem cessar, a insistência, a persistência, a oração repetida por sete vezes, revelaram a existência de uma pequena nuvem. E a pequena nuvem produziu uma poderosa chuva. Era a graça interventora de Deus.
Essa mesma graça quer intervir em sua vida neste dia.

Amém!