domingo, 16 de outubro de 2011

CORAÇÃO SÁBIO - Salmo 90

“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.” Tg 1:5

A sabedoria tem sua base no perfeito conhecimento de Deus. Esta sabedoria, referida por Tiago, não é o conhecimento de fatos a que denominamos de ciência, mas é aquela qualidade no entendimento que aguça a percepção das obrigações morais e a apreensão das realidades eternas. É a sabedoria pela qual Salomão orou; é a sabedoria Espiritual.

Essa sabedoria consiste em compartilhar da sabedoria de Deus, e ela nos é transmitida mediante o poder e a comunhão do Espírito Santo.

No Salmo 90, seu autor ora ao Senhor pedindo sabedoria, pedindo um coração sábio: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”. Vs 12.

Se formos atribuir a Moisés a autoridade deste Salmo, conforme está no subtítulo, lembrando-nos de que os subtítulos não são inspirados, temos aqui o mais antigo Salmo de todo o saltério.

Este Salmo parece ter um fundo histórico, isto é, os últimos meses dos 40 anos de caminha pelo deserto, quando a geração adulta que saíra do Egito, estava desaparecendo.
A idéia que temos é que Moisés ia se sentindo cada vez mais isolado em espírito, enquanto aqueles antigos membros da congregação de Israel iam deixando seus ossos pelo deserto.

Por isso ele ora nos versos 11,12 dizendo: “Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”.

Moisés percebe que precisa ter um coração sábio perante o Senhor; Ele percebe que seus dias precisam ser bem vividos, precisam ser dias de discernimento, precisam ser bem enumerados, para que ele haja com sabedoria, viva com o coração sábio aos olhos de Deus.

Dentro desta colocação do Salmo 90, qual é o propósito de termos um coração sábio? Precisamos de um coração sábio:

1) PARA CONHECERMOS A ETERNIDADE DE DEUS – Vs 1-6 – Deus tem se tornado o refúgio daqueles que crêem em todos os tempos – Vs 1 – Em uma atitude humilde e sábia, o Moisés reconhece que Deus é a eterna habitação do homem, ou seja, o seu abrigo protetor, pois Deus vai de eternidade à eternidade – Vs 2 – Em todos as gerações, as pessoas se refugiam no Senhor.

Mil anos, são dias demais para a criação de Deus, porém, para o Criador, é como dia de ontem, algo que acabara de acontecer.
2º Pedro 3.8: “Há, todavia, uma cousa, amados que não deveis esquecer: que, para com o Senhor, um dia é como mil anos, mil anos com um dia.”

Coração sábio. Não que nós conseguiremos entender a eternidade de Deus, porém, quando tivermos um coração sábio conheceremos que nosso Deus é o único, desde toda a eternidade, o Alfa e a Ômega, o principio e o fim de todas as coisas.

Moisés orou para que Deus o ensinasse a viver a cada dia conhecendo a eternidade do Senhor. Conhecer a eternidade de Deus envolve saber que Deus não muda, é constante e fiel em todas as suas palavras, em todas as suas promessas.

Quando Balaão foi chamado por Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, Balaão diz que “Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá. Nm 23:19

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que nosso coração seja sábio e compreendamos que Deus é eterno, não mente, não muda, de eternidade a eternidade Ele é o Senhor.


Precisamos ter um coração sábio:


2) PARA CONHECERMOS TRANSITIVIDADE DO SER HUMANO - Vs 9-12 – O propósito do salmista era mostrar quão insignificante é a raça humana quando é comparada com a eternidade de Deus – Vs 9: “...acabam-se os nossos anos como em breve pensamento”.

Um homem vive 70 anos, e, quando chega a essa idade, olha para sua vida passada, como se tudo não passasse de um dia. Sua vida inteira pode ser comparada em uma única palavra: “ontem” - Vs 9.10

Na realidade, o que o salmista ensina aqui é que temos apenas alguns poucos dias de vida, e até esses poucos dias são vividos sob a ira de Deus que pesa sobre nós a cada dia. Assim sendo, nossos poucos dias multiplicam-se em poucos anos; esses poucos anos se escoam como uma história que pode ser contada rapidamente “...porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” – Voamos como um conto; nossos anos chegam ao fim e terminam em breve conto, em breve pensamento.

Moisés ora: Ensina-nos a viver esses poucos dias, esse breve pensamento, para que, dentro desses poucos anos consigamos alcançar coração sábio, isto é, consigamos compartilhar da sabedoria de Deus mediante seu Espírito – Salmo 39:4-7


Precisamos ter um coração sábio:

3) PARA CONHECER A NOSSA FRAGILIDADE E DEPENDÊNCIA DE DEUS – Vs 13-16 – Esta parte final do Salmo nos traz a idéia de um afastamento de seu povo – Vs 13 – sem dúvida, o pecado era a causa de Deus ter-se afastado do acampamento de Israel.

Faz-se necessário um retorno de Deus, retorno de sua compaixão e misericórdia ao povo, retorno de sua alegria e benignidade, pois vários foram os anos de tribulação, tristeza e dor – Vs 13-15

Moisés sabia que a falta de sabedoria, a falta do coração sábio, havia afastado o Senhor do seu povo; por isso ele pede: “Ensina-nos a contar nossos dias”, isto é, tem compaixão dos teus servos. O povo espera uma resposta rápida da parte do Senhor, para que sua desesperada situação fosse prontamente resolvida.

G. K. Chesterton diz que há 2 pecados contra a esperança: a presunção e o desespero. A presunção é a atitude de que nada esta sendo feito, a menos que nós mesmos o estejamos fazendo. O desespero é a atitude que sente que tudo mais falha quando nós falhamos.

Precisamos ter um coração sábio para aceitarmos nossa fragilidade e dependência do Senhor e assegurarmos que Deus está presente, mesmo quando Ele se mantém invisível, e de que Ele opera tudo para o bem daqueles que O amam.

“Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coçarão sábio”. Na vida do servo de Deus há uma mistura de aflições e alegrias: assim sendo, a prosperidade e a adversidade têm sua vez apropriada, mas essas mudanças operam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus e, além disso, há recompensas no céu!

Ensina–nos a entender, a conhecer, perceber nossa fragilidade, nossa dependência do Senhor.

Conclusão: Vs 17 – “ Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” - Qualquer indivíduo espiritual é capaz de saber o que diz conclusão deste Salmo.

Deus é eterno. Nós, seres humanos, somos transitórios, passageiros. Todos nós dependemos da compaixão, benignidade e libertação do Senhor. Mas, todos nós temos obras e projetos que estão perto de nosso coração. Todos recebemos nossas respectivas missões e também a unção de Deus para realizá-las. Mas sabemos que todo esforço humano é vão, se nosso coração não for um coração sábio segundo o querer de Deus.



Amém!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NOS BRAÇOS DO PAI - Lucas 15.11-24

Essa é uma das parábolas mais conhecidas do Senhor Jesus Cristo. Parábola é uma história de algo que já aconteceu, estava acontecendo ou pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento, que era contada por Jesus para ilustrar uma situação espiritual.
Nesta parábola do Filho Pródigo, Jesus vem mostrar o que acontece quando nos distanciamos da casa do Pai e de Sua presença – Vs 11,12
Esse filho mais moço, não valorizava mais a companhia do Pai e nem o “conforto” que essa companhia lhe proporcionava; daí ele pediu ao pai que lhe desse a parte que lhe cabia da herança. Em Provérbios 20.21 diz: “A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada”.
E foi exatamente o que aconteceu – Vs 13,14
O fim daquela herança não foi abençoado. Esse filho mais moço, não temos o seu nome aqui, mas poderia ser qualquer um de nós, passou a viver os piores dias de sua vida. Começou a passar necessidade de coisas que ele nunca havia passado no conforto da casa do pai.

Essa necessidade começou a gerar dentro dele uma insatisfação, angústia, depressão, fome não só de alimento, mas, principalmente, fome de carinho, de ternura, de afeto, coisas que ele havia deixado para trás, coisas que ele só recebia estando na casa do pai.
Mas agora ele se sentia só. Nenhuma amizade, nenhuma companhia, se sentia desamparado, perdido, solitário. Ele sentia falta da companhia do pai, do carinho, sentia falta do abraço do pai – Vs 15-20a
Vinha ele ainda longe de sua casa, porém, o pai o aguardava ansiosamente, o pai o esperava ansiosamente a sua chegada; e diz o texto que o pai o avistou e, compadecido dele, pois devia estar maltrapilho, sujo, cheirando mal, machucado, sedento, em fim, não só estava com a aparência ruim, mas também com sua alma machucada e humilhada. Diz o texto que o pai, compadecido dele, correu em sua direção e o abraçou e o beijou.
Naquele instante ali, depois de muito tempo, ele estava nos braços do pai. Parecia que o mundo ao seu redor havia parado e que só importava naquele momento: o abraço do pai.
Queridos, quantas vezes não nos sentimos assim, desejosos de sermos abraçados, acariciados, apertados junto ao peito para que isso venha acalentar a nossa dor?
O que acontece quando estamos nos braços do Pai?
1) ENCONTRAMOS PERDÃO – Vs 21 – Aquele filho estava sofrendo as conseqüências de seu pecado; estava no fundo do posso, se sentia perdido; nem se sentia como filho, mas desejava ser, pelo menos, um empregado de seu pai. No entanto, nos braços do pai ele declarou: “Pai, pequei contra o céu, diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho”.
E é nos braços do pai que ele encontrou perdão. Ele não encontrou um pai irado, magoado, vingativo, mas encontrou um pai gracioso, amoroso, um pai que o abraçou e o beijou; ele encontrou perdão.
Quando Davi escreveu o Salmo 32, tenho a impressão que ele se sentia nos braços do Pai. Ele havia pecado contra Deus; com seu pecado ele destruiu uma família: matou o marido e se apossou da esposa. Sua alma estava como a alma do Filho Pródigo, angustiada, solitária, aflita, porém, ele encontrou nos braços do Pai, um alívio para o seu coração, quando ele mesmo disse: “confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” Vs 5-7
Aquele filho mais moço da parábola de Jesus, ao retornar para casa envergonhado, acabado, destruído, ele recebeu o abraço do pai; e, nesse abraço, ele encontrou o perdão.
Nos braços do Pai ele o ouviu dizendo: filho, dos teus pecados já não me lembro mais.
O Pai tem prazer em perdoar. O sangue de Jesus foi derramado para que todos os nossos pecados fossem perdoados. Ser abraçado pelo Senhor significa ser acalentado de todas as nossas angústias causadas pelo pecado. Nos braços do Pai, nós encontramos o perdão.
2) ENCONTRAMOS SUPRIMENTO – Diz a Parábola de Jesus que aquele moço começou a passar necessidade ao ponto de se agregar a um dos cidadãos daquela terra que tinha uma criação de porcos. E ele foi cuidar dos porcos. Porém, a fome lhe era tanta, que ele desejava comer da ração que os porcos comiam, porém, nem isso lhe era concedido.
Aquele moço havia chegado ao fundo do poço; chegado a uma degradação moral, física e espiritual que ele nunca tinha sentido, pois vivia no “conforto” da companhia do Pai, tendo todas as suas necessidades supridas e agora estava jogado num canto cercado por porcos.
Além do alimento para o seu corpo, ele sentia necessidade de alimentar o seu coração com paz, sentia necessidade de atenção, de se sentir amado. Num momento de reflexão de como estava a sua vida, ele caiu em si e lhe voltou a razão e disse consigo mesmo: “quantos trabalhadores de meu pai tem pão com fartura e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai...”.
O pai o esperava, ansiosamente. Quando o avistou, compadecido dele, correu e o abraçou, correu e o colocou entre os seus braços, correu e supriu todas as necessidades de seu filho – Vs 22,23
Jesus disse à mulher que estava tirando água no posso em Samaria: “quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porem, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” Jo 4.13,14
Aquela mulher no posso de Samaria era uma prostituta, uma mulher pecadora, excluída da sociedade, no entanto, Jesus amou aquela mulher e a abraçou, e, neste abraço, Jesus lhe saciou todas as necessidades de sua alma. Assim como o pai fez com o filho mais moço que estava retornando ao lar em busca do abraço do pai.
O pai saciou todas as necessidades que aquele filho estava passando. Nos braços do Pai encontramos o suprimento de todas as nossas necessidades.
3) ENCONTRAMOS RESTAURAÇÃO – Podemos imaginar, pelo menos fisicamente, a forma em que aquele filho chegou diante de seu pai: maltrapilho, sujo, rasgado, mal cheiroso, descalço, cabelos grandes, barba por fazer, em fim, um verdadeiro morador de rua.
No seu intento de buscar a casa do pai, ele desejava um emprego. Lá no meio dos porcos, quando ele caiu em si, ele se lembrou que muitos trabalhadores de seu pai tinham uma vida digna e que ele estava vivendo na miséria. Então ele planejou chegar diante do pai e lhe dizer: “... já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores”. Trata-me com um de seus empregados, mas, como filho, eu não sou mais digno.
Porem, ao ser recebido nos braços do pai, tudo mudou. Deus não abraça servos, escravos, empregados, Deus abraça filhos – Vs 22,24
Quando lhe é posto a melhor roupa, o pai estava lhe restaurando a dignidade. Quando lhe é posto um anel no dedo, o pai lhe estava restaurando a filiação. Quando lhe é posto as sandálias nos pés, o pai lhe estava restaurando a sua caminhada, a sua vida. Em fim, nos braços do pai, tudo que se tinha perdido, estava sendo restaurado. Ele não estava sendo recebido com empregado, mas sendo restaurado na sua posição de filho.
Em 1º João 3.1,2 diz: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus... Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é”.
Nos braços do Pai ele encontrou novamente a sua vida perdida no tempo.
CONCLUSÃO – Vs 24 – “E começaram a regozijar-se”. Quando estamos longe dos braços do Senhor, nossa alma fica aflita, angustiada, desassossegada, inquieta, amargurada, perdida, desconsolada, em fim, um desastre total. Porem, quando estamos nos braços do Pai, nossa alma recebe a paz do perdão, o suprimento de tudo o que ela precisa para viver bem e feliz, e é restaurada de todos os males por onde andou.
Deixa o pai te abraçar.

Amém!

domingo, 18 de setembro de 2011

A RESPOSTA DE DEUS - 2ª Coríntios 12.7-10

Chegamos no final de mais uma campanha de Quatro Dias de Propósitos. Talvez alguém esteja pensando assim: “Será que Deus responde a minha Oração?”.

Em Apocalipse 8 João viu um “anjo que ficou de pé junto ao altar do Cordeiro com um incensário de ouro na mão, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono, e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos” Vs 3,4

No capítulo 12 desta 2º carta aos Coríntios, Paulo trata de uma das maiores experiências que ele teve com Deus. Ele conta que foi arrebatado até ao céu, até ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, palavras que não se podem expressar e que aos homens não eram lícitas referir.


Porém, logo após o relato desta experiência única, ele fala nos versos de 7-10, de outra experiência: uma oração que Deus lhe responde, mas com uma resposta de uma maneira bem diferente ou convencional.

Ele fala de um espinho na carne, que ele declarou ser um mensageiro de satanás, que lhe foi colocado com o propósito de esbofeteá-lo, humilhá-lo, de lhe mostrar a sua situação original, que é de pecador, diante das revelações que Deus lhe havia dado.

Não conseguimos entender bem o que significa esse “espinho” (há alguns dias atrás falei aqui neste texto sobre o tema A Escola da Dor e comentamos que a palavra “espinho”, no grego, é a palavra “skolops”, que pode significar uma “farpa”, “ferrão” ou um próprio “espinho”).

Era esse o sentido que Paulo dava àquilo que o afligia. Não há nenhuma importância que tipo de “espinho” era de fato, o importante aqui é saber que era algo suficientemente desagradável do qual Paulo queria ser liberto, algo que o feria profundamente.

Por três vezes Paulo orou ao Senhor para ficar livre desta aflição. Certamente encontramos nestas orações de Paulo muito zelo e fervor. Porém, diante destas orações, encontramos também uma resposta de Deus que nos traz um grande ensinamento:
1) NEM SEMPRE É COMO QUEREMOS – “A minha graça te basta” – Se a nossa oração não estiver de acordo com a vontade de Deus para a nossa vida, ela é respondida negativamente. Foi o caso aqui de Paulo.

Deus não deu a Paulo uma resposta conforme o seu pedido, mas Deus lhe respondeu segundo a Sua vontade.

Irmãos, sem sombra de dúvida, receber um “não” do Senhor como resposta às nossas orações é a melhor resposta que podemos receber, porque muitas vezes, não sabemos o que realmente estamos pedindo. Nossa visão é pequena, limitada, e por muitas vezes, nossa vontade não é a vontade de Deus.

Paulo via, nas orações, um meio de modificar as coisas; e, de fato, a oração tem esse efeito.

Porém, para aquele que não está desejando que Deus lhe faça a própria vontade, mas a vontade soberana do Senhor em sua vida, esse que busca Deus, ele ora colocando sua vontade particular em harmonia com a vontade de Deus, e, por si mesmas, suas orações são uma forma de submissão à vontade do Senhor.


A resposta de Deus às nossas orações nem sempre é como queremos. Orações que venham prejudicar nossa relação com Deus, ou, prejudicar os planos de Deus para nossa vida, são perigosas. Paulo nos ensina isso, pois a primeira grande regra da oração é não pedir algo contrário à vontade de Deus.

A oração insistente de Paulo não era para escapar da vontade de Deus, mas para conhecê-la e praticá-la

A resposta que ele obteve não foi exatamente a resposta que queria. Desejava livramento de sua aflição. Não há que duvidar que Paulo argumentou com o Senhor de que poderia servi-lo melhor se seu corpo fosse libertado daquela aflição, mas o Senhor Jesus lhe respondeu negativamente.

Quando oramos, precisamos estar prontos entender as respostas de Deus para a nossa vida – Jó 23.3-5

Por três vezes Paulo orou ao Senhor, mas a resposta não foi dada de acordo com o que ele queria.

Calvino: “A razão pela qual, algumas vezes, misericordiosamente Deus se recusa a atender à nossa oração é que Ele sabe de antemão, o que é melhor para nós, mais do que nosso próprio entendimento é capaz de aprender.”

Outra coisa que o Senhor Jesus ensina a Paulo aqui é:

2) SEMPRE A RESPOSTA, MESMO SENDO “NÃO”, É MAIOR DO QUE PEDIMOS – “A Minha graça te basta” – Paulo não recebeu o que tinha pedido ao Senhor, mas recebeu algo muito maior do que o livramento físico, recebeu o livramento espiritual: “A Minha graça te basta” – a graça de Deus estava sobre ele, a graça de Deus permaneceria sobre ele e isso era o suficiente.

Deus mostra a Paulo que as suas aflições não seriam empecilho.

A resposta às suas orações lhe foi assegurada, porque o mais importante é saber que Deus fornece os meios para enfrentarmos as aflições e esse meio é a Sua graça que está em nós, a Sua graça que nos é suficiente.

Era o suficiente para Paulo, ele teria que entender isso. Deus estava lhe respondendo de forma negativa, porém, esse “não” de Deus, era um “sim” para a presença, para a misericórdia, para o cuidado e a proteção de Deus – isso é Sua graça.

O pedido de Paulo lhe foi negado, no entanto, ele recebeu a melhor resposta do que poderia ter imaginado. Paulo dependia, na sua vida e em seu ministério, ele dependia da graça de Deus; é ele mesmo quem declara, “nossa suficiência vem de Deus”.
1º Coríntios 15.9,10
Outra coisa que o Senhor Jesus ensina a Paulo aqui é:

3) É O APERFEIÇOAMENTO DO PODER DE DEUS EM NOSSA VIDA – Paulo foi um instrumento especial do poder de Deus; foi o maior missionário de todos os tempos; o homem que Deus usou para levantar a Sua Igreja no meio dos gentios.

O próprio fato de que ele pode triunfar, a despeito de suas muitas fraquezas, foi uma glória para o poder de Cristo, ele não se tornou grande por sua própria força, mas pelo poder de Deus que se aperfeiçoava em suas fraquezas – “Porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” – Vs 10

Nessa tribulação, nesse “espinho na carne”, Paulo recebeu poder suficiente para tolerar o sofrimento e a tensão. O poder de Deus não pode ajudar e nem mesmo usar o homem auto-suficiente; Mas o poder de Deus “se aperfeiçoa na fraqueza”. Por isso é que Paulo dizia que ou invés de continuar pedindo o livramento da aflição, ele se gloriaria nas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo pudesse repousar mais sobre ele.

Paulo recebeu a resposta à sua oração. Não uma resposta de acordo com sua vontade, mas ele teve uma vitória com Deus em sua oração.

Essa vitória é de natureza espiritual.
A vitória espiritual não depende das condições do corpo e sim das condições da alma e do trabalho que Deus tem feito em nós.

Paulo não encontrou apenas consolo nas palavras de Cristo, mas também encontrou deleite em sua consciência de fraqueza, como ele mesmo diz: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” 2º Tm 1.12

CONCLUSÃO: Com base nesta oração de Paulo que lhe trouxe uma grande experiência com Deus, aprendemos que uma resposta negativa da parte de Deus não é uma recusa caprichosa, e que não resulta em qualquer benefício, como um “não” que damos às crianças de vez em quando.

Os homens podem dar respostas negativas a seus semelhantes, ou até mesmo a seus filhos, por motivo de algum capricho, sem qualquer base na razão ou no raciocínio. Mas Deus não é frívolo como o homem. Um “não”, quando vem da parte de Deus, sempre tem algum propósito definido e eficaz.

Não sei qual tem sido o seu clamor diante de Deus. Posso também não saber qual é o “espinho” pelo qual você tem clamado a Deus.

Mas sei que Deus tem ouvido o seu clamor, Deus tem visto as suas lágrimas e sei que Deus tem conhecido a sua dor.

Olhe para o que Deus respondeu a Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa em sua fraqueza”.

Comece a ver e sentir os seus espinhos dentro da graça de Deus para a sua vida.

Se suas orações não tem tido a resposta que você tanto deseja e espera, olhe para a graça de Deus agindo em você. Essa graça é melhor do que qualquer outra coisa, pois essa graça nos garante a presença, o cuidado, o amor, a proteção de Deus sobre nós.


Amém !

Obs.: Sermão pregado no último dia de Propósito na IPB Luz do Vale em Camboriú, SC

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ANA- O ENCONTRO COM A VONTADE DE DEUS - 1º Samuel 1.1-20

Meu relacionamento com Deus se baseia na minha obediência.

A Bíblia se refere a Deus como o nosso Pai, nosso provedor, nosso Redentor. Se cremos em tudo isso e cremos também que Ele nos ama e nos trata como Seus filhos, como podemos acreditar que Ele possa esconder de nós a Sua vontade?

O que é a vontade de Deus? Muitos cristãos falam sobre a vontade de Deus como se fosse o velho truque das tampinhas no tabuleiro. Deus não é mágico. A Bíblia nos ensina que Deus enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados e faria sentido achar que agora Ele não revela a vontade dEle em nossas vidas?

Creio que a vontade de Deus sempre foi e é revelada a nós, porém, muitas vezes não a conhecemos, porque nosso relacionamento com Ele se baseia em nossa obediência, isto é, não temos sido obedientes ao ponto de enxergarmos a sua vontade.

Ana era serva do Senhor, conhecia o Senhor, podemos até dizer que tinha intimidade com Deus. (falar de sua história – Vs 1-8)

Há um detalhe muito importante na história de Ana: Era o Senhor que lhe havia deixado estéril – Vs 5,6

Quando enfrentamos qualquer situação em nossa vida, temos que entender que servimos ao Senhor que controla tudo. Aprouve a Deus que Ana fosse estéril – a vontade de Deus deveria ser revelada na vida de Ana para que o nome de Deus fosse glorificado. Você já pensou nisso?

Ana viveu dentro da vontade do Senhor. Quando não suportava mais aquela situação, que é descrita no verso 7, Ana buscou o Senhor para conhecer a Sua vontade.

Algumas lições nós aprendemos aqui, acerca de buscar a vontade de Deus para a nossa vida:

1) TRANSPARÊNCIA COM O SENHOR – Vs 10,15 – Ana se coloca diante do Senhor em oração. Ela está triste, amargurada, precisando encontrar resposta para a sua vida. Ela era serva do Senhor, confiava nele... Qual é a vontade de Deus? envergonhá-la diante do inimigo? humilhá-la? Diminuí-la? NÃO. Paulo afirma que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”, portanto, tudo em nós é vontade de Deus.

Ana se coloca diante de Deus sem máscaras, sem usar qualquer artifício, mas ela busca Deus com sinceridade.
O texto diz que ela chorava, sua alma estava amargurada e é assim que ela se apresentou diante de Deus para conhecer a Sua vontade.

Ana não teve medo do ridículo e nem de se expor. Não se preocupou com o que Elcana ia dizer, não se preocupou com as piadinhas que sua rival poderia fazer, nem com o que o sacerdote poderia pensar, simplesmente ela se derramou diante do Senhor – Vs 15

Joel 2.13 – “Rasgai o vosso coração”

Mateus 26.36-39 – Jesus no Getsêmani

Segunda lição que aprendemos aqui, sobre buscar a vontade de Deus para a nossa vida:

2) PERSISTÊNCIA NA ORAÇÃO – Vs 12,13,16 – Não temos o tempo exato gasto por Ana em sua oração, mas foi um tempo significativo porque chamou a atenção do sacerdote. Não só o tempo mas também a forma, a maneira em que ela orava: “Ana só no coração falava”.

Isso vem confirmar as palavras de Jesus em Mateus 6.7,8. Jesus não condenou o tempo da oração, mas as repetições vãs, sem sentido, vazias de espiritualidade. Pelo contrário, Jesus nos ensinou a persistir na oração – Lc 11.5-10.

Podemos orar a Deus com fervorosa persistência sabendo que Ele atenderá as nossas orações. Porém Deus sabe o que é melhor para nós, de uma maneira que nós não sabemos, e Ele, por isso, pode recusar em nos responder de imediato. Dizer “seja feita a Sua vontade”, submetendo nossas preferências à sabedoria do Pai, como Jesus fez no Getsêmani, é um modo explícito de expressar fé na bondade daquilo que Deus tem planejado.

Terceira lição que aprendemos aqui, sobre buscar a vontade de Deus para a nossa vida:

3) HUMILDADE NA ALMA – Vs 11,15 – Ana quando se aproxima do Senhor, se aproxima de coração quebrantado, com sua alma humilhada diante dEle. Humildade é sinônimo de necessidade, carência, de dependência, e, naquele momento, o Espírito Santo tem oportunidade de sondar o coração da serva que se coloca diante do Pai e descobrir dentro dele uma dependência de alma.

Vs 11 – “...Se benignamente atentares... e de mim te lembrares... e da tua serva não te esqueceres...” Não encontramos Ana murmurando pelos cantos ou blasfemando contra Deus ou revoltada por causa da sua sorte, mas encontramos alguém humilhada perante o Seu Senhor derramando sua alma diante do Pai para descobrir a Sua vontade – Vs 15.

Há algo de maravilho no voto de Ana – Vs 11 – Ela queria um filho, mas Ele seria do Senhor. Ela queria um filho, mas não era para exibi-lo diante de sua rival e nem para satisfazer seu próprio ego, ela queria um filho, mas o daria para o Senhor. Isso é sinônimo de humildade.

CONCLUSÃO – Vs 17-20 – Meu relacionamento com Deus se baseia na minha obediência. Ana conheceu a vontade de Deus para a sua vida através da sua transparência de vida com Deus, sua persistência na oração e sua vida de humildade com Deus.


Amém !

domingo, 28 de agosto de 2011

UMA IGREJA COMPLECENTE - Tiatira - Apocalipse 2.18-29

A palavra “complacente” significa “agradar a alguém”, “fazer a vontade”.
Tiatira era uma cidade da província romana da Ásia, área agora ocupada pela parte ocidental da Turquia. Tal como na maioria das cidades daquela região, Tiatira tinha muitos templos dedicados a vários deuses.
A primeira pessoa a aceitar Jesus como salvador na Europa, Lídia, era de Tiatira.
Historicamente houve uma Igreja em Tiatira com as condições escritas aqui por João.
A carta à Igreja em Tiatira é, ao mesmo tempo, a mais longa e a que fortemente reflete uma condição de total corrupção. Nesta carta, há um único verso que ressalta o que aquela Igreja tinha de bom; porem, há cinco versos que descrevem seus males e trazem advertências severas.
Esta carta à Igreja em Tiatira mostra-nos que a Igreja pode cair a um nível baixíssimo, e, apesar disso, ser chamada de “Igreja”. Esta carta mostra o triúnfo do paganismo na Igreja, especialmente no tocante aos seus padrões morais.
Quem escreve esta carta? Vs 18: “...O Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido”. Em cada carta, o título e a caracterização de Cristo visam ter uma aplicação direta à Igreja a quem Ele escreve. Tiatira era uma Igreja corrupta, complacente com o pecado, madura para o juízo divino, pois vivia debaixo do desprazer de Deus. Assim, também, Cristo é caracterizado como um Juiz que tem autoridade, e que em breve aplicará seu castigo.
O que Ele escreve? Vs 19 – Em todas as cartas que Jesus escreve para as sete Igrejas do Apocalipse Ele descreve esse conhecimento: “Conheço as tuas obras”. Isso expressa um conhecimento das condições espirituais daquelas Igrejas, e não apenas um conhecimento daquilo que elas faziam, ao que denominamos de serviço. Há um conhecimento de Deus da condição espiritual de cada Igreja, de cada um de nós. Davi no Salmo 139 expressa esse conhecimento de Deus quando ele diz: “Tu me sondas e me conheces... de longe penetras os meus pensamentos... e conheces todo os meus caminhos. Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda... Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir”.
Portanto, quando o Senhor diz que “Conheço as tuas obras”, Ele está afirmando que conhece não só todo o nosso serviço, mas, também como Ele conhece a nossa condição espiritual em realizar tais serviços.
O que Ele tinha contra a Igreja em Tiatira? Vs 20 – A tolerância à um tipo de Jezabel. Jezabel foi esposa do rei Acabe, rei de Israel, nos dias do profeta Elias. Foi uma rainha idolatra e imoral que lutou contra Elias, desafiando e negando a sua autoridade espiritual. Jezabel era uma princesa pagã quando o rei de Israel se casou com ela. Esse casamento assinalou o começo do declínio moral da nação de Israel. O certo é que Jezabel nunca entendeu e nem respeitou a adoração e o culto a Deus. E com isso Israel começou a viver uma das maiores apostasias da fé no reinado de Acabe.
Acabe era de caráter fraco e maleável, logo se transformou em um instrumento nas mãos de Jezabel. Ela chegou ao extremo de procurar eliminar completamente os profetas do Senhor, e teria obtido sucesso se Obadias não tivesse escondido 100 profetas, de 50 em 50 em cada cova, sustentando-os a pão e água.
Ela estabeleceu em Israel a adoração ao deus Baal e a outras divindades pagãs. Um gigantesco santuário fora levantado na capital Samaria para adoração a Baal, suficientemente amplo para conter todos os adoradores desse culto. Contava com 450 sacerdotes de Baal. Acabe, o rei de Israel, se rebaixou a ponto de oferecer sacrifícios a uma divindade falsa nos santuários que foram levantados.
Jezabel, a prostituta religiosa e ardorosa promotora da idolatria, tornou-se um símbolo do pecado que cometia a Igreja de Tiatira.
A quem Jesus se referia como Jezabel tolerada pela Igreja em Tiatira?
1. É possível que existisse na Igreja em Tiatira alguma seita licenciosa, alguma prática herética, contrária à Palavra de Deus, a quem Jesus dá o nome de Jezabel.
2. Também é provável que Jesus tenha nominado algumas pessoas que não só levavam, mas também praticavam rituais pagãos, rituais que não são ensinados por Deus em Sua adoração.
3. Notemos que Jezabel era uma profetiza de Baal. Ela imitava os dons espirituais provavelmente mediante as artes mágicas e o demonismo. Desse modo ela representa a imitação satânica dos dons espirituais.
4. O nome de Jezabel representa o adultério espiritual, e, muitas vezes, esse adultério espiritual era tolerado, ou, até mesmo encorajado dentro da Igreja de Cristo. Era quando o povo de Deus começava a crescer em vangloria, honrarias, méritos, se assentando no trono e deixando o Senhor da Igreja fora dele.
5. Em fim, quando Jesus cita Jezabel em sua carta à Igreja em Tiatira, Ele quer mostrar que muitas vezes o mundanismo, práticas religiosas, porem antibíblicas, tem penetrado no meio do povo de Deus, levando o ser humano a uma “satisfação” emocional, egocêntrica e não há uma satisfação espiritual de sua alma.
Creio que podemos entender isso como ajeitar as coisas para que todos no culto fiquem satisfeitos, sejam agradáveis, fiquem alegres, sem importar se o Senhor da Igreja está satisfeito e alegre com suas práticas.
É moldar a Igreja a padrões atuais e mundanos e não moldar o mundo aos padrões de Deus – Vs 21,22 – Há muita Igreja doente porque não tem vivido e nem pregado a seriedade do evangelho do Senhor Jesus Cristo – Vs 22 – O leito de enfermidade será um leito de morte. Aqui é subtendido a ira de Deus contra as “Jezabel” e todos aqueles que seguem as suas idéias; todos aqueles que cedem às influencias malignas do paganismo – Vs 23: “...vos darei a cada um segundo as vossas obras” – Um homem será julgado tanto pelo que tiver feito, como por aquilo que é, e não haverá exceção acerca disso, porque Paulo diz em 2º Cor 5.10: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”.
Cristo faz uma promessa à Igreja fiel – Vs 24-26 – A todos aqueles que se mantiverem fieis, não abrirem a guarda para que o mundanismo penetrasse; não viveram e nem permitiram práticas mundanas dentro da Igreja do Senhor; a estes “eu lhe darei autoridade sobre as nações”. A promessa é que, aqueles que repeliram o corrupto mundo de Jezabel herdarão o novo mundo, herdarão a vida eterna. Deus fala de autoridade, Deus fala de honra, pois Deus honrará aqueles que Lhe são fieis.
Amém!

sábado, 6 de agosto de 2011

O CORDÃO DE FIO ESCARLATA - Josué 2.1-21

O livro de Josué é um dos livros históricos do Velho testamento. Ele narra a invasão da Terra Prometida pelo povo de Deus.

Josué foi o sucessor de Moisés. Foi o próprio Deus quem determinou que Josué assumisse a direção do povo de Israel para introduzi-lo à Terra Prometida porque Moisés já havia morrido – Js 1.2,3

Visto que a Terra Prometida deveria ser espiada com o propósito de ser conquistada, Josué enviou 2 homens para cumprirem essa tarefa – Js 2.1

A primeira cidade que seria tomada e destruída na Terra Prometida era a cidade de Jericó. Nesta cidade morava uma prostituta, uma mulher da vida, chamada Raabe. Foi na casa de Raabe que os 2 espias enviados por Josué se abrigaram.

Tendo o rei de Jericó tomado conhecimento da presença dos espias na casa de Raabe, mandou buscá-los, porém, Raabe os escondeu para que mal nenhum lhes acontecesse e pudessem voltar para o acampamento do povo de Israel a salvos.

Aterrorizada por causa da aproximação dos israelitas para conquistarem Jericó, Raabe fez um acordo com os espias, pedindo proteção para ela e para toda sua família.

Raabe, naquela noite, escondeu os espias dos agentes do rei de Jericó, ajudando-os a escaparem através de uma janela de sua casa que ficava em cima da muralha da cidade.

Quando a cidade foi invadida pelo povo de Israel, Josué poupou a Raabe e toda a sua família que estavam abrigados em sua casa.

O que levou Raabe a esconder os espias a ajudá-los a fugir foi a fé que ela depositou no Deus do povo de Israel.

Raabe era uma mulher depravada; jamais poderíamos pensar que ela fosse capaz de obter tão grande vitória mediante a fé que depositou em Deus.

Mas ela se tornou um exemplo clássico do que pode fazer a fé, mostrando-nos, ensinando-nos que não há pessoa neste mundo que esteja fora do alcance do milagre da fé.

Vs 17,18 – A mesma corda vermelha usada para permitir que os espias escapassem, teria de ser afixada à janela exterior da casa para que aquela casa não fosse invadida quando o povo de Israel atacasse a cidade. Aquilo que tinha servido de meio de escape para os dois espias também serviria de escape para Raabe e sua família – Vs 18,21

É importante entendermos que não foi a cordão vermelho colocado na janela que deu salvação a Raabe e sua família, mas sim a fé que ela depositou no milagre que Deus poderia fazer em sua vida.

O cordão vermelho era símbolo da libertação da morte, assim como o sangue do cordeiro da páscoa, passado nos umbrais da porta da casa do povo de Israel os livrou do anjo da morte na última noite que passaram no Egito, pois, tanto o sangue do cordeiro da páscoa, como o cordão vermelho na casa de Raabe, tipificavam, simbolizavam o sangue precioso do Senhor Jesus Cristo que seria derramado na cruz para realizar em nossa vida o milagre do perdão dos nossos pecados e nos dar a vida eterna.

Raabe teve sua vida salva, Deus a transformou porque ela creu em Deus e obedeceu aos espias, colocou o cordão vermelho na janela de sua casa como uma marca de que esperava em Deus.

Da mesma forma sua vida pode ser salva também. Deus pode realizar o maior milagre que é perdoar seus pecados e lhe dar a vida eterna, em semelhança a Raabe, porque, “...o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (I Jo1.5), mas é preciso seguir o passos de fé que Raabe seguiu:

O primeiro passo de Raabe foi:

1) RECONHECER QUEM É DEUS – Vs 8-11 – As notícias sobre o que Deus já tinha feito já havia chegado a Jericó; Deus já era conhecido e temido por todos os seus moradores. Raabe tinha consciência de que, o que estava acontecendo, era algo sobrenatural, entendendo que YAHWEH-ELOHIM (o Eterno Todo-Poderoso) é o verdadeiro Deus, aquele que habita nos céus e lá de cima controla todas as coisas – Vs 11 – Raabe se rendeu diante do poder de Deus, diante da Sua grandiosidade.

Um outro exemplo que temos de alguém que se rendeu diante do poder de Deus está registrado em Atos 16, quando Paulo e Silas estão presos e Deus manifesta Seu poder. A terra treme, as cadeias caem, e Deus faz tudo isso para salvar apenas um homem e sua família, que é o carcereiro de Filipos. Quando o carcereiro viu o poder de Deus sendo manifestado, ele se rendeu a Deus, e, como Raabe, perguntou a Paulo: “...o que devo fazer para que seja salvo?”, Paulo lhe respondeu: “Creia no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa”.

Creia no sangue derramado em seu favor, coloque em seu coração o “cordão vermelho” que serás livre da morte. Foi o que Raabe fez, ela creu no poder de Deus.

O segundo passo que Raabe deu foi:

2) RECONHECER O QUE DEUS PODE FAZER – Vs 12,13 – Tendo confessado sua fé no Deus de Israel, Raabe rogou que os espias jurassem que ela e sua família não seriam mortos. Ela tinha usado de misericórdia para com eles e estava rogando que Deus também usasse de misericórdia para com ela, seus pais, seus irmãos. Raabe reconheceu que Deus pode perdoar, salvar, agir com misericórdia: “...livrareis a nossa vida da morte” (Vs 13).

Misericórdia é o ato de tratar um ofensor com menos rigor do que ele merece, é uma atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um pecador – Jó 8.5-7 - Lm 3.21-23

O terceiro passo que Raabe deu foi:

3) CREU NO LIVRAMENTO DO SENHOR – Vs 14-21 – quando Israel invadiu Jericó, destruindo todas as casas com seus moradores, Raabe foi salva, ela e todos aqueles que estavam dentro de sua casa, tendo como sinal, o cordão vermelho na janela.

O verso 21 nos mostra que Raabe acreditou, com o seu coração, que o livramento aconteceria, tanto que ela atou o cordão vermelho em sua janela.

Por causa desta atitude, o autor da carta aos Hebreus coloca Raabe na galeria dos heróis da fé (11.31) e Tiago a cita em sua carta como alguém que creu no livramento do Senhor e foi salva.

Todo nosso relacionamento com Deus se baseia na fé, no crer. Raabe creu, acreditou que poderia ser liberta da morte, e foi.

Foi o que Jesus disse a Nicodemos: João 3.16

Basta apenas que você creia que Cristo morreu, deu o Seu sangue na cruz para salvá-lo da morte eterna; basta apenas que você creia que o cordão vermelho simboliza o sangue de Cristo passado em seu coração para salvá-lo.

CONCLUSÃO – Raabe foi salva da morte. E não apenas isto, em Mateus 1.5 está registrado na genealogia de Jesus que Raabe casou-se com Salmon e tiveram um filho chamado Boaz que foi o bisavô de Davi de onde descendeu Cristo. Portanto, Raabe foi abençoada por Deus porque participou da linhagem de Jesus.

Tudo isso aconteceu porque ela reconheceu quem era Deus, reconheceu o que Deus poderia fazer por ela e creu que o Senhor a transformaria e a salvaria.

Deus pode fazer tudo isso com você.


Amém !

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ORAI SEM CESSAR - 1º Reis 18.41-45

Está é a ordem que o Apóstolo Paulo deixou registrado em 1º Tessalonicenses 5:17: “Orai sem cessar”. Claro que isso não pode significar que devemos estar com uma postura de cabeças baixas e olhos fechados o dia todo. Não é isso que Paulo está falando; mas ele se refere a uma atitude de consciência da presença de Deus e de render a Deus tudo o que fazemos, o tempo todo.
Quando nossos pensamentos se voltam à preocupação, ao medo, ao desencorajamento e ira, devemos conscientemente e rapidamente tornar todo pensamento em oração e toda oração em ação de graças.
Em sua carta aos Filipenses, Paulo diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (4:6). Aos crentes de Colossos ele disse: “perseverai na oração, vigiando com ações de graças” (4:2). Aos crentes de Éfeso Paulo os exortou a enxergarem a oração como uma arma para ser usada em batalhas espirituais (Efésios 6:18). O famoso pregador do século 19, Charles Spurgeon, descreveu a vida de oração de um Cristão ao dizer: “Como os cavaleiros da antiguidade, sempre em batalha, mas nem sempre em seus cavalos avançando com suas lanças contra o seu adversário para fazê-lo cair do cavalo, mas sempre usando as armas que podiam alcançar.... Aqueles cavaleiros deprimidos geralmente dormiam em suas armaduras; então, até mesmo quando dormimos, ainda sim devemos estar no espírito de oração, para que se por acaso acordarmos de noite, ainda estaremos com Deus”.
O teólogo John MacArthur adverte que: “a falta de oração vai fazer com que paremos de depender da graça de Deus e passemos a depender de nós mesmos”.
Orar sem cessar é, em essência, dependência da comunhão com o Pai.
A nação de Israel estava sob o comando do rei Acabe. Acabe foi um rei politicamente forte e muito poderoso, mas muito fraco na moralidade pessoal e religiosa – 1º Rs 16.30-33
Elias, o profeta, aparece nesse cenário para confrontar o rei Acabe e os profetas de Baal. A primeira palavra que Deus mandou Elias dizer ao rei Acabe é que haveria uma seca em Israel, nem orvalho e nem chuva cairia sobre a terra.
Sabemos como a chuva é essencial para regar a terra; a sua falta provocou uma grande seca, fome e miséria. Em 1º Rs 18.2, quando Deus mandou Elias se apresentar a Acabe depois de um grande período de seca, diz que a “fome era extrema em Samaria”.
Após 3 anos e meio, Deus manda Elias se apresentar a Acabe porque Ele mandaria novamente a chuva sobre Israel – 1º Rs 18.1
Elias era um homem comum, exatamente igual a todos nós. Era um homem sujeito às mesmas fraquezas: ele teve medo de Jezabel, fugiu, sentiu depressão, se escondeu numa caverna, pediu para si a morte; porém, era um servo de Deus que aprendeu o valor da oração sem cessar, era um homem justo e aprendeu que a oração muito pode por sua eficácia.
Irmãos, o maior poder que existe no mundo hoje é o poder da oração, do clamor, da busca a Deus. Em Jeremias 33.3 Deus disse: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.
Elias foi um homem de oração. Aqui no texto, no verso 42, diz que Elias “subiu até o alto do monte Carmelo, e, dobrou-se até o chão, meteu o rosto entre os joelhos”. Deus já tinha falado a Elias que mandaria chuva, ele já tinha a Palavra de Deus e a Sua promessa, mesmo assim, quando ele foi enfrentar o rei Acabe, ele se prostrou diante do Senhor: “...e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos”.
O que aprendemos aqui com Elias sobre “orar sem cessar”?

1) DEVEMOS ORAR MESMO TENDO A PROMESSA DA VITÓRIA – Vs 41 – “...Já se ouviu ruído de abundante chuva” – Quando Elias falou essas palavras ao rei Acabe, não havia, no céu, nenhuma evidência de chuva, o céu estava limpo, sem nuvens, um dia claro, sol alto. Porem, Deus já tinha liberado a abundante chuva, seria uma chuva torrencial, capaz de inundar a terra e fazê-la brotar novamente. Elias manda o rei acabe comemorar, comer, beber, pois Deus cumpriria a Sua Palavra. Elias não precisava mais orar para que a chuva caísse, pois Deus já a tinha ordenado.
Mas é exatamente aí que nós nos enganamos, ou deixamos que o diabo nos engane. Mesmo quando estamos de posse de uma promessa de Deus, nossa atitude não deve ser outra, senão, a oração.
No verso 42 diz que subiu o rei Acabe a comer e beber, a festejar, enquanto Elias foi para o alto do monte orar a Deus. Elias queria se certificar de que o ruído de chuva significava que logo choveria sobre Samaria para que todos contemplassem a vitória de Deus.
Olhem só a firmação que Elias faz a Acabe: “...Já se ouviu ruído de abundante chuva”. Havia muita seca, muita fome, grande miséria entre o povo. São nesses momentos de lutas, tribulações, de caos que ouvimos com maior freqüência as vozes de murmuração, de choro, de descontentamento. Era assim que estava o povo de Israel. Porem, em meio a todo esse caos, Elias começou a ouvir um ruído abundante de chuva.
Se começarmos a confiar nas promessas de Deus e continuarmos a orar sem cessar, nós também aprenderemos a ouvir ruídos de abundantes chuvas sobre a nossa seca, nossa miséria. Aprenderemos a ouvir os sons celestiais da esperança no meio da desesperança, da alegria no meio da tristeza, do riso no meio do choro, da cura no meio da doença. O Profeta Elias começou, pela fé a ouvir ruído de abundante chuva no meio da seca.

Continue a orar. Se você já está ouvindo ruído de abundante chuva sobre a sua vida, porém ela ainda não chegou efetivamente, continue orando, clamando, suplicando ao Senhor. Enquanto Elias orava, a chuva estava sendo gerada pela fé. Mantenha-se numa atitude de oração até que as promessas de Deus se cumpram em sua vida.

2) DEVEMOS ESTAR HUMILHADOS DIANTE DO SENHOR – Vs 42 – Elias se humilhou diante do Senhor fundamentado na promessa de Deus. Ele se ajoelhou e então se inclinou com a cabeça em terra, de tal modo que, enquanto seu rosto estava entre os joelhos, sua testa tocava o chão. Essa postura de Elias prova a intensidade de seu espírito de oração.

Tiago em sua epístola, 5.16,17,18 diz: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu. E orou de novo e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos”.

Essa afirmação de Tiago mostra o poder da oração de quem se coloca diante de Deus completamente humilhado.

Elias não foi nenhum super homem, ou super crente; ele não possuía poderes mágicos; Tiago diz em sua epístola que ele era um homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos que temos, isto é, fraqueza, tristeza, decepção, derrota, fragilidade, cansaço, desespero. Contudo, Elias se tornou um instrumento de poderosos acontecimentos mediante a sua vida de oração sem cessar.

Ele tinha todas as restrições e empecilhos próprios da natureza humana, mas venceu espiritualmente, por causa de sua vida de oração.

Aqui no texto encontramos um profeta prostrado, com o rosto ao chão, com o coração derramado diante do Senhor, clamando, buscando a face de Deus, buscando respostas que o próprio Deus já havia dado.

Mesmo de posse das promessas, precisamos estar humilhados diante do poder do Senhor porque quem faz o milagre, quem derrama as bênçãos é o Senhor.

Há uma palavra do Apóstolo Pedro que é muito forte quando ele diz: “humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” 1º Pd 5.6,7

3) DEVEMOS ORAR, MESMO QUANDO “NÃO HÁ NADA” – Vs 43 – “...Não há nada”. Irmãos, acho essa situação muito difícil de ser vivida do ponto de vista humano: você ora, ora, ora, e, quando olha, “não há nada”. Mas existe uma promessa, Deus já havia falado, Deus já havia dado a Sua resposta, porem, “não há nada”. Isso aconteceu por seis vezes.

Muitas vezes fracassamos na oração porque desistimos cedo demais, no limiar da bênção, desistimos, não conseguimos persistir, porque não temos paciência, não somos perseverantes, e, temos orado, orado, orado, e, “não há nada”, isto é, nada acontece.

Elias orou com intensidade. Na palavra de Tiago sobre Elias, que falamos a pouco, Tiago diz que Elias orou com “intensidade”, isso significa que Elias orou em oração, isto é, ele colocou o seu coração na oração.

Olha só o que diz o verso 43: “... e disse ao seu moço: sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: volta. E assim por sete vezes”. Elias não desistiu. Ainda que estivesse demorando o cumprimento da promessa de Deus, Elias não desistiu, não se cansou, não se desanimou, não parou de buscar, não mudou o seu método, continuou prostrado com a testa no chão.

Por seis vezes Elias orou e mandou que seu servo fosse olhar lá para as bandas do mar para ver se havia algum indício de chuva e a resposta era sempre a mesma: “não há nada”. Quão humana é essa cena. Continuamos buscando e esperando sinais e indicações que nos digam se nossas orações foram ouvidas e respondidas.

As orações de Elias continuavam sem respostas. Ele tinha a promessa de Deus. Já havia declarado ao rei Acabe que “já se ouve ruído de abundante chuva”. Porem, o servo de Elias voltou a examinar o mar por seis vezes, mas nada viu.

Mas Elias não desistiu, ele se mostrou persistente em suas orações, aceitando plenamente as condições que Paulo o Apóstolo colocou em sua palavra: “Orai sem cessar”, mesmo quando “não há nada”.

CONCLUSÃO – Vs 44,45 – As promessas de Deus não falham. Em 2º Cor 1.20 a Bíblia diz: “porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim”. Isso mostra que nenhuma das promessas de Deus pode ser frustrada.
À sétima vez, o servo de Elias foi olhar em direção ao mar e viu uma pequena nuvem, como a palma da mão do homem, mas que carregava uma grande promessa. Era Deus respondendo ao clamor de Elias, era Deus cumprindo a sua promessa. “Então disse Elias para seu servo: vá e avisa a Acabe: prepare seu carro e desça antes que a chuva o impeça”. Aleluia!!!!! – Vs 45
Com alegria Elias reconheceu que uma grande chuva estava chegando.
A oração sem cessar, a insistência, a persistência, a oração repetida por sete vezes, revelaram a existência de uma pequena nuvem. E a pequena nuvem produziu uma poderosa chuva. Era a graça interventora de Deus.
Essa mesma graça quer intervir em sua vida neste dia.

Amém!