domingo, 10 de julho de 2011

A Alegria da Casa do Senhor - Salmo 122

Alegria é um dos sentimentos mais ricos que qualquer ser humano gostaria de viver sempre. Hoje há uma deturpação no verdadeiro sentido da alegria.

Alegria não é resultado de alguns poucos momentos alegres, mas a alegria verdadeira, duradoura, é resultado de satisfação plena de nossa alma, pela presença forte e plena do Espírito Santo em nós.

Paulo fala sobre a alegria do crente quando aos Filipenses ele escreve: "Alegrai-vos no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos no Senhor". Em outras palavras, o apóstolo estava querendo dizer que a nossa alegria só pode existir quando há a alegria do Senhor. Não existe alegria longe do Senhor, não existe alegria fora da comunhão com Deus.

O Salmo 122, Salmo este escrito pelo rei Davi, fala da alegria que o povo de Deus sentia pelo privilégio de subir a Jerusalém, a Cidade Santa, e ir ao Templo, a Casa de Deus para adorar: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor".

Nossos privilégios, como filhos de Deus, povo escolhido do Senhor, salvos, regenerados pela Sua infinita graça e misericórdia, são maiores do que os privilégios do povo que adora deuses mortos, que vivem, congregados pela sua ignorância prestando sacrifícios que jamais podem satisfazer o Senhor Deus e jamais podem trazer alegria para os seus corações.

A nossa alegria não está baseada em estar na casa do Senhor simplesmente, mas em estar na Casa do Deus vivo, na presença deste Deus verdadeiro, que é merecedor de toda a nossa adoração e louvor, um verdadeiro sacrifício vivo, santo, fruto de lábios que confessam o Seu nome. Por isso, acheguemo-nos a Ele com alegria. "Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor". Nosso coração deve se regozijar por estar na casa do Senhor porque:

1) HÁ COMUNHÃO DO POVO DE DEUS – Vs 2,3 - "Cidade compacta" significa "concentrada em si mesma", que, no original hebraico, expressa o sentido de comunhão humana. Esta frase transmite a idéia de que Jerusalém (que aqui no texto indica a Casa de Deus) era o centro da vida judaica, a fonte e o centro de sua unidade coletiva.

Davi queria expressar que dentro dos muros de Jerusalém, isto é, dentro dos átrios da Casa do Senhor, havia uma unidade coletiva, uma união do povo de Deus.
E essa união existia porque o povo vinha de suas tribos mais longínquas, e se juntava em Jerusalém, na Casa de Deus para realizar o sacrifício coletivo: ”... para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor”.

"Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor", pois ali há uma verdadeira comunhão de povos diferentes, raças diferentes, tribos diferentes, culturas diferentes, mas que são capazes de viver em comunhão por causa do mesmo objetivo e propósito: prestarem sacrifício ao Único Deus. Povos diferentes sim, mais de um único Deus.

A comunhão do povo é essencial para a adoração a Deus.

Salmo 133 - Este Salmo é uma expressão de santo gozo ocasionado pela reunião de Israel como uma só família nos momentos de adoração a Deus. Pois quando há esta comunhão, Deus ordena a Sua bênção e a vida para sempre na vida de Seu povo, na vida da Igreja.

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor", vamos fazer parte desta comunhão com Seus remidos.

Mas nosso coração também deve se alegrar porque:

2) É MOMENTO DE RENDER GRAÇAS AO SENHOR - Vs 4 - No coração de Davi, não existia o subir à Casa do Senhor para só pedir bênçãos, mas principalmente para agradecer: "Para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor".

Freqüenta-se o culto divino não somente para pedir bênçãos, mas também para exprimir nossa espontânea gratidão por tudo que vem de Deus.

Há um detalhe muito importante neste verso: "como convém a Israel". O que convém ao povo de Deus: subir com alegria à Sua Casa para agradecer.

O estar na casa de Deus não é motivo de escolha ou de uma decisão do nosso próprio querer, mas estar na casa de Deus deve ser motivado pelo desejo de gratidão pelas bênçãos que Deus tem derramado em nossas vidas.

Podemos parafrasear as palavras de Paulo quando Ele diz: "O amor de Deus me constrange", o amor de Deus me constrange a estar com alegria na Casa do Senhor para lhe agradecer por todas as bênçãos.

Nosso momento de culto, nosso momento de sacrifício, deve ser um momento único de gratidão, onde nossa vida é colocada aos pés do altar do Senhor, relembrando todo o bem que Ele nos tem proporcionado.
No Salmo 116, encontramos o salmista prestando a Deus um sacrifício de louvor pelas bênçãos derramadas: Vs 1-12

"Que darei eu ao Senhor por todos os Seus benefícios para comigo?" O salmista responde nos versos 14,18,19: "... na presença de todo o seu povo, nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém ...".

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor", pois na casa do Senhor demonstramos nossa gratidão pelas suas bênçãos em nossas vidas.

Mas nosso coração também deve se alegrar porque

3) HÁ RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DE DEUS - Vs 5-8 - "Tronos de justiça, tronos da Casa de Davi"- A ida à Casa do Senhor, à cidade de Jerusalém, com alegria no coração, era também o reconhecimento do povo de que Deus era o único Rei de Israel, acima do rei Davi, quem escreve o Salmo, acima de qualquer outro rei, Deus é o Rei dos reis. É o reconhecimento de que não há Rei maior, não há Rei melhor, não há Rei tão grande, como o nosso Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores.

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos", vamos buscar o nosso Rei, vamos adorá-lo, vamos agradecer a ele por tudo, vamos orar, buscar, derramar nosso ser, nosso íntimo na presença do Único Deus.

Quando o povo chegasse a Jerusalém, reconhecendo os juízos de Deus, a Sua soberania sobre todas as coisas, Seu reinado absoluto sobre o Seu povo, o povo deveria orar, buscar a face do Senhor para que:

a) Houvesse paz - Vs 6,7 - Este era o compromisso do povo ao estar diante do Senhor. Orar para que a paz reinasse sobre a Igreja do Senhor, isto é, sobre o povo de Deus. Paz significa não só estado tranqüilo de espírito, mas "perfeição", "plenitude", "contemplação", "saúde", isto é, uma paz dinâmica, capaz de produzir frutos na vida diária do povo de Deus.

Orai pela paz de Jerusalém, orai pela paz da Igreja, orai pela paz do Povo de Deus, orai para que essa paz produza frutos (perfeição, plenitude, contemplação do verdadeiro Deus, saúde), e vivam em prosperidade espiritual todos aqueles que amam o Senhor e haja prosperidade, crescimento, desenvolvimento, reavivamento, despertamento, que haja prosperidade dentro dos muros da casa do Senhor.

b) Houvesse comunhão - Vs 8 - Realmente o amor e a comunhão entre irmãos e amigos tem sido algo muito difícil hoje em nossos dias. Só a presença de Deus é que pode quebrar todas as barreiras criadas pela desunião e a ira provocadas pelo estado de pecado do homem. Deus não quer que haja divisão no Seu corpo, pelo contrário, que cada membro viva em perfeita harmonia para que haja crescimento deste corpo. "Por amor dos meus irmãos e amigos eu peço: Haja paz em ti".

CONCLUSÃO - Vs 9 - "Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem" - Amor à Casa de Deus, amor ao Templo, amor ao local onde Deus escolheu para colocar o Seu nome, amor ao local onde os olhos de Deus estariam abertos e Seus ouvidos atentos à oração do povo que chamaria pelo Seu nome, amor à esta casa chamada Casa de Oração, por amor a esta casa, buscarei o teu bem.

Só o fato de sentirmos alegria em estar na casa do Senhor, já nos colocamos à disposição de Deus para amar a sua Casa de Oração, já nos colocamos à disposição do Espírito para realizarmos nesta casa aquilo que Lhe apraz, pois só Ele efetua em nós tanto o querer como o realizar.

Só o que está faltando em nós hoje é alegria de estar na Casa do Senhor.

"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor". Esta alegria não pode ser sentida por aqueles que estão mais preocupados consigo mesmos e, conseqüentemente vivendo afastado de um relacionamento mais íntimo e sincero com Deus, pois estão abrigando pecados em sua vida.

Se não sentimos alegria em subir à Casa do Senhor, é porque o nosso interesse está em outras coisas que não dizem respeito a Deus. Estamos em pecado.

Irmãos, tenhamos em nós o mesmo sentimento que houve também em Davi, alegria de chegar à Casa do Senhor, adentrar nos Seus átrios, provar da comunhão com Deus e com os Seus remidos, reconhecer nossa gratidão por tudo que Deus tem realizado em nossa vida e reconhecer a Sua soberania, Seu reinado absoluto sobre a nossa vida. Orar, orar para que haja paz e prosperidade nesta Casa. E, assim, a bênção do Senhor estará sobre nós.

Amém!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tirai a Pedra - João 11.35-44

"Conta-se a lenda de um rei que viveu num país há muitos anos. Ele era muito sábio e não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Freqüentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.
- nada de bom pode vir a uma nação - dizia ele - cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem sabe lidar com os problemas.
Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para moagem na usina.
- Quem já viu tamanho destino? - disse o fazendeiro contrariado, enquanto desviava sua carroça e contornava a pedra. - Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? - E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois, veio um jovem soldado cantando pela estrada. A longa pluma do seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia à sua cintura. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra. O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Então, ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra. Assim correu o dia. Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a tocava.
Finalmente, ao cair da noite, uma simples varredoura de rua por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada em seu trabalho. Mas disse a si mesma:

- Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho. E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: "Esta caixa pertence a quem retirar a pedra." Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro. A simples varredoura de rua foi para casa com o coração feliz.
Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local na estrada onde a pedra estava. Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar um pedaço de ouro.
- Meus amigos - disse o rei - com freqüência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça."

A família de Marta e Maria estava passando por um dos piores momentos em sua vida. Lázaro, seu irmão, havia falecido. Era uma família amiga e amada por Jesus. Quando Lázaro adoeceu, suas irmãs mandaram chamar Jesus para que viesse curá-lo. Porém Jesus declarou que a enfermidade de Lázaro não era para a morte e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus fosse por ela glorificado.
Por causa disso, Jesus não atendeu de imediato ao chamado daquela família, mas demorou-se dois dias no lugar onde estava.
Depois de dois dias, chamou os discípulos para irem outra vez para a Judéia porque o amigo Lázaro havia falecido e Ele iria ressuscitá-lo.
Quando Jesus chegou à aldeia de Betânia, onde morava aquela família, Marta, a irmã do morto, quando soube que Jesus estava vindo, correu ao seu encontro, prostrou-se aos Seus pés e declarou todos os seus sentimentos – Vs 21
Havia naquela família um sentimento de perda, de derrota, misturado com o sentimento de frustração, pois elas haviam mandado chamar Jesus e Ele havia demorado em atender o seu chamado e, naquele momento, Lázaro já estava sepultado.
Aos olhos humanos não havia mais o que fazer. Lázaro já estava sepultado há 4 dias, já cheirava mal, seu corpo já havia entrado em decomposição. Todas as esperanças já haviam acabado, todas a chances de uma restauração já não existiam mais. Agora era lidar com a dor da saudade e da separação e esperar a ressurreição do ultimo dia. Foi o que Marta respondeu a Jesus quando Ele lhe disse que seu irmão iria ressuscitar: “eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no ultimo dia”. Seu coração estava tão machucado, sentia tanta dor em seu peito que, naquele momento de dor, sua esperança era uma esperança futura, ela cria era na ressurreição do ultimo dia e não de imediato; não havia esperança no agir imediato de Jesus.
Conduziram Jesus até à porta do túmulo de Lázaro, era uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra; e, movido pelo amor que Ele sentia por aquela família, vendo-lhes o sofrimento, a dor, o pesar, sentindo compaixão por eles, Jesus agitou-se em Seu espírito, comoveu-se com aquelas irmãs e chorou.
Deus trabalha com propósitos, nada foge aos planos ou propósitos do Senhor. E o propósito de Jesus em se demorar na enfermidade de Lázaro que o levou à morte, era que Seu nome fosse glorificado quando Lázaro fosse ressuscitado. E assim aconteceu.
A Bíblia nos ensina que Deus é o “Deus dos impossíveis”, isto é, aquilo que o homem não pode resolver, Deus pode; aquilo que a medicina aponta como mal, Deus transforma em bem; aquilo que para o homem chegou ao ponto final, Deus abre todas as portas. Deus é o Deus do impossível.
Jesus chegou diante do túmulo de Lázaro e ordenou: “Tirai a pedra”. Não poderia Jesus ordenar àquela pedra que saísse da porta do túmulo para que Lázaro pudesse sair? Claro que sim, pois Ele é Senhor de todas as coisas. Porém, aquela pedra não estava sendo um tropeço para Jesus, e sim, um tropeço para aquela família e para todos que ali estavam porque a Bíblia diz que havia ali muitas pessoas que tinham ido visitar aquelas irmãs.
Mas eles precisavam fazer alguma coisa para que pudessem ver o agir de Jesus, pudessem contemplar o Seu milagre. Eles precisavam retirar a pedra.
Meu amado, talvez você ainda não tenha visto o agir de Deus em sua vida e nem contemplado o milagre, porque lhe falta retirar e pedra que existe em seu caminho. Pedra é um grande obstáculo, em qualquer lugar que ela estiver, ela atrapalha o caminho. A ordem que Jesus dá àquelas pessoas é: “Tirai a pedra”.
1) TIRE A PEDRA INCREDULIDADE – A primeira coisa que estava atrapalhando Marta e Maria de enxergar a glória de Deus, isto é, enxergar o milagre que Jesus estava prestes a realizar, era incredulidade, a falta de fé.
Quando Marta vai ao encontro de Jesus antes dele entrar em Betânia, ao se lançar aos Seus pés debulhada em lágrimas, ela coloca pra Jesus a sua decepção, a sua falta de fé, falta de confiança nos propósitos de Deus – Vs 20-27.

Ela declara que Jesus era o Messias prometido, o Filho de Deus que deveria vir ao mundo, mas ela continua descrendo em Seu poder, descrendo em Seus propósitos, descrendo no milagre que Jesus poderia realizar. E essa falta de fé nós encontramos nessas palavras de Marta quando Jesus manda retirar a pedra: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. Ó Marta, Marta, onde está a tua fé? Retire de sua vida essa pedra, creia. Mas foi exatamente isso que Jesus lhe respondeu: “Não te disse eu que, se creres verás a glória de Deus?”.

Muitos daqueles que tem buscado o Senhor em momentos tão difíceis como esse, não tem conseguido enxergar o Seu auxilio, a Sua presença, a Sua companhia, o Seu agir, por falta de fé.

Quando Jesus questionou Tomé quando Tomé não acreditou na ressurreição de Jesus, Jesus disse a Ele: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” Jo 20.29

Temos muitos exemplos bíblicos de pessoas que receberam de Jesus a cura, a solução de seus problemas, porque se chegaram à Ele com fé. Mais um exemplo foi aquela mulher que tinha um fluxo de sangue durante 12 anos e já tinha gastado tudo com médicos e remédios. Quando ela consegue chegar perto de Jesus, ela não se identifica, não conversa com Ele, não lhe pede a cura, mas ela simplesmente toca nas vestes de Jesus e imediatamente fica curada, depois de 12 anos de enfermidade. Ao sentir-se ser tocado, Jesus olha para aquela mulher e diz: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã”

Deus quer encontrar fé em seu coração. Tirai a pedra da falta de fé, da descrença, da incredulidade e creia no Senhor Jesus, creia em Seu poder, creia nesse Deus que conhece todas as suas lutas e pode fazer o que ninguém mais faz. Creia no Deus do impossível e tire a pedra da incredulidade de seu coração.

2) TIRE A PEDRA DA DÚVIDA – A resposta que Marta dá à Jesus quando Ele ordena para tirarem a pedra é imediata. Marta não esperou em silencio o que Jesus podia fazer, mas, ansiosa, preocupada, e com o coração cheio de dúvida se o poder de Jesus era tão grande ao ponto de restaurar as moléculas do corpo que já estavam em decomposição, ela grita: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. Será que Deus pode realizar algo tão impossível assim, contrário até mesmo à natureza?

Quando Jesus foi inquirido por um homem de alta posição cerca da salvação, ao responder àquele homem, Jesus disse que “Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” Lc 18.27.

Também quando o anjo Gabriel foi comunicar à Maria que ela conceberia do Espírito Santo e nasceria dela o Deus encarnado, Gabriel também lhe disse que “Isabel também tinha concebido um filho em sua velhice, e já estando no sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”. Lc 1.36,37.

Não basta apenas crer em Jesus, é preciso não duvidar de Suas promessas, não duvidar de Seu poder, não duvidar de que Ele é Senhor de todas as coisas, até mesmo aquelas coisas que, para nós humanos, seria totalmente impossível. Aquilo que é impossível para você, é possível para Deus; aquilo que é impossível para os médicos, é possível para Deus; aquilo é impossível para a justiça, é possível para Deus. Em fim, tudo é possível para Deus. Não podemos duvidar desse poder, precisamos acreditar, confiar em toda a Sua Palavra.

Tirai a pedra. Mas Senhor, já tem 4 dias, já está em decomposição, já cheira mal, o corpo já está virando pó! Tirai a pedra.

Tire a pedra da dúvida de Seu coração. Talvez você esteja vindo aqui, participando destes cultos de propósitos e ainda questionando se Jesus pode mesmo resolver o seu problema, agir em sua vida. Não duvide, creia – Mateus 21.18-22

Tire a pedra da dúvida de seu coração e você vai ver o milagre acontecer.

3) TIRE A PEDRA DO PECADO – Jesus nos ensinou que o existe um pecado que Deus não perdoa: a blasfêmia contra o Espírito Santo. Esse pecado significa não crer em Jesus Cristo como Filho de Deus. E é o pecado que os judeus cometeram, não creram em Jesus como o Messias prometido.

Ali na casa da Marta e Maria estavam amigos que foram consolá-las. Ao verem Jesus chorar, enquanto uns diziam que Jesus chorava por amor a Lázaro, outros já questionavam o Seu poder dizendo: “não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?” Vs 37

Quando removeram a pedra que estava fechando a porta da gruta onde Lázaro estava sepultado, Jesus fez a seguinte oração: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste” Vs 41,42

Aquela multidão incrédula, judeus que não reconheciam Jesus como o Messias prometido, o Filho de Deus encarnado, estavam ali e iriam contemplar um dos maiores milagres do Senhor: uma ressurreição após quatro dias já sepultado. O maior pecado aos olhos de Deus é a incredulidade em Seu Filho.

O profeta Isaías 59.1-3 diz assim: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade”.

O pecado forma um tipo de névoa entre Deus e nós de forma que Deus não pode agir, Deus não pode salvar, Deus não pode se relacionar conosco quando há pecado.

Quando Jesus estava colocado na cruz, diz a Bíblia que o véu do templo se rasgou. Esse véu do templo fora colocado por Deus quando Ele mandou Moisés instituir o Tabernáculo. Era o véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos, isto é, era o véu que separava o homem de Deus. Jesus morrendo na cruz, este véu do templo foi rasgado, isto é, aquilo que separava o homem de Deus foi rasgado pela cruz. Isto significa que o pecado que separava o homem de Deus foi pago, foi resolvido, hoje podemos ter comunhão com Deus, desfrutar de Suas bênçãos, contemplar os Seus milagres em nossa vida porque o nosso pecado foi perdoado por Cristo na cruz.

Por isso devemos tirar a pedra do pecado para podermos contemplar as bênçãos do Senhor. O pecado tem sido o grande e único tropeço que nos impede de nos relacionarmos melhor com Deus. Por isso, tirai a pedra. Enquanto houver pecado, enquanto não nos arrependermos diante de Deus e clamarmos pelo Seu perdão, não podemos ver a glória de Deus.

De Carlos Drummond de Andrade: No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

“Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra... Tiraram então a pedra... e Jesus clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: desatai-o e deixai-o ir”.

Depois que tiraram a pedra, foram apenas 4 palavras revestidas de todo o poder: “Lázaro, vem para fora!”. Podemos imaginar as células mortas se recompondo, seu coração começando a bater novamente bombeando o sangue para todas as veias do seu corpo, seu cérebro, tudo assumindo novamente a sua função, foram quatro dias de total paralisação, muitos microorganismos já estavam secos, porém, diante da Palavra de poder de Jesus, tudo começa a funcionar perfeitamente e “Saiu aquele que estivera morto”.

Tirai a pedra do seu caminho. Se há incredulidade, creia no Deus do impossível; se há dúvida em Suas promessas, confie e espere no Seu agir; se há pecados, clame por perdão, pois Ele tem prazer na misericórdia. Tire a pedra do Seu caminho e você verá a glória de Deus.

Amém!